O governo do Hamas reiterou neste domingo sua determinação de acabar com o caos e acusou algumas "partes" de querer agravar as tensões nos territórios.

"O governo palestino afirma sua determinação de acabar com a situação de caos reativando o papel dos serviços de segurança e aplicando a lei", declarou Ghazi Hamad, porta-voz do governo em um comunicado.

"O governo palestino afirma que existe partes suspeitas que tentam provocar a desordem por meio de comunicados ou declarações e colocar os palestinos uns contra os outros", continuou, sem dar mais detalhes.

"As forças de ocupação (Israel) e seus serviços secretos exploram esta situação para agravar o conflito e empurrar a região para a guerra interna", acrescentou o texto.

Uma bomba de forte potência foi descoberta domingo em Gaza, perto da casa do chefe de vários serviços de seguranças palestinos, Rachid Abou Chabak, fiel a Mahmud Abbas.

Sábado o chefe dos serviços de inteligência palestinos, Tarek Abu Rajab, foi gravemente ferido em um atentado no qual um de seus seguranças foi morto, num cenário de tensões cada vez mais intensas entre palestinos.

Nos dois casos, responsáveis dos serviços de segurança acusaram o Hamas de estar por trás destes ataques.

O presidente da Autoridade palestina, Mahmud Abbas, negou neste domingo em Sharm el-Sheikh (Egito) que as disputas armadas entre partidários do Fatah, seu partido, e os do Hamas estejam desencadeando uma guerra civil.

"Há enfrentamentos nos territórios, mas a possibilidade de guerra civil está eliminada", declarou Abbas na saída de uma mini-cúpula com os dirigentes israelenses, durante o fórum econômico mundial sobre o Oriente Médio.