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Gráfica sente impacto das novas regras eleitorais
Flávia Braz
Especial para o Diário
29/07/2006 | 08:07
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O início da campanha eleitoral, segundo proprietários, não aumentou a produção nas gráficas do Grande ABC e a expectativa de crescimento parece ser a pior possível. Para os eles, quando as eleições são de âmbito estadual e federal os candidatos acabam produzindo seu material de campanha junto a grandes agências de publicidade. O contraponto, no entanto, fica com um outro setor que parece querer sobressair-se este ano. Trata-se da indústria de etiquetas adesivas, que até o momento, não sofreu restrições pela minirreforma eleitoral.

“Por conta dessas mudanças, muitas ainda não entendidas pelos candidatos, as encomendas ainda não começaram, mas esperamos um aumento grande com relação ao último pleito”, analisa Umberto Giannobile, presidente da Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis).

Segundo Antonio de Pádua Donega, proprietário de uma gráfica em Santo André, o setor encontra-se “desgastado”, já que, além de competir com grandes empresas, também enfrentam concorrência dos próprios partidos. “As legendas hoje em dia alugam máquinas e fazem seu material de campanha”, diz.

Mesmo com o elevado número de candidatos do Grande ABC – segundo levantamento do Diário serão 40 estaduais e 83 federais –, alguns empresários não acreditam no aquecimento do setor gráfico. “Para campanha de vereador aparecem em média uns 300 (parlamentares) procurando nossos serviços, mas para deputado a coisa é pequena. Sai muita gente sem expressão, meia dúzia de gato pingado, tudo sem dinheiro”, cutuca Pádua.

O diretor da Abigraf (Associação Brasileira dos Gráficos), Fábio Arruda Mortara, que também preside a ABGT (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica), é menos pessimista. “Com a nova legislação, perderemos de um lado, por exemplo, com outdoors, mas compensaremos com adesivos e panfletos”, analisa.

A nova legislação não impõe, até o momento, restrições à produção de adesivos, mas sua utilização vem sendo estudada pelo TRE , que ainda não emitiu um parecer definitivo. Segundo Marcos Rossi, diretor da Mack Color, especializada em rótulos e etiquetas adesivas, as modificações na legislação eleitoral foram determinantes, no seu caso, para o aumento da procura por parte de partidos políticos. “Já temos pedidos com altas tiragens e curtos prazos de entrega”, afirma. “Ainda temos capacidade de atender uma demanda superior. Temos excelentes expectativas para este ano”, diz Rossi confiante. (Supervisão de Lola Nicolás)



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