Política Titulo Tramita na Casa
Ribeirão volta postergar fim de cesta básica

Funcionários protestam sobre possibilidade de benefício ser incorporado ao cartão

Por Caio dos Reis
Especial para o Diário
28/08/2015 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O Legislativo de Ribeirão Pires adiou novamente a votação do projeto de lei que revoga a legislação de obrigatoriedade para concessão de cesta básica aos funcionários públicos. A ação é motivada após o governo Saulo Benevides (PMDB) implementar o cartão servidor, benefício que substitui os alimentos entregues ao funcionalismo. Servidores estiveram na sessão e protestaram, ocasionando novo pedido de adiamento.

“Adiamos para levar as propostas que discutimos com os outros vereadores para o prefeito. A ideia é restringir o uso do cartão servidor para alimentação. O cartão é ótimo para a cidade e ajuda muito a economia local, porém, precisa passar por adequações”, admitiu o líder do governo na Casa, Hércules Giarola (Pros).

Na última sessão, os parlamentares questionaram a retirada da cesta básica dos servidores. Mesmo com a lei ainda em vigor, a Prefeitura já cortou o benefício. Em agosto, o funcionalismo foi informado que não receberia o auxílio-alimentação.

Oposicionista, Renato Foresto (PT) defende que o cartão servidor não pode substituir a cesta básica. “Existe isso (cartão servidor) em outros municípios, porém a cesta não é tirada do servidor. O cartão é bom para fomentar o comércio local, mas não pode substituir de maneira alguma o auxílio-alimentação do funcionalismo”, alegou o petista.


TERRENO
O remanejamento de R$ 3 milhões da reserva de contingência para aquisição de terreno para construção de futura sede para o Imprerp (Instituto Municipal de Previdência de Ribeirão Pires) foi aprovado na Casa, também sob questionamentos da oposição.

“A parte técnica está correta, mas existe uma preocupação contra o terreno que vai ser comprado. São problemas que podem prejudicar o trabalhador”, argumentou Renato Foresto. Já Hércules Giarola alegou que a intenção do remanejamento é movimentar o dinheiro que hoje está parado.

O projeto passou com nove votos favoráveis e sete contrários. Hércules alegou que os votos contrários da base de sustentação são normais. “Isso é natural na política. Faz parte do processo democrático. Toda unanimidade é burra.” 




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