À frente da SATrans, autarquia que gerencia o transporte em Santo André, vinculada à Secretaria de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, desde o dia 6, coronel Fábio de Jesus Leite já tem estabelecida sua primeira ação. Até o fim do ano, ele espera solucionar o problema da falta de táxis na cidade. Para isso, precisa criar decreto que possibilite a ampliação do número de motoristas licenciados para tal função.

Conforme o Diário destacou em abril, embora a população andreense tenha aumentado 28,2% entre 1985 e 2014, o município mantém a mesma frota de táxis há 30 anos – 420 motoristas licenciados, o correspondente a um para cada 1.685 moradores, considerando a população atual de 707,6 mil pessoas.

“Para ampliar tem de mudar a lei, porque está engessado no decreto. Estamos fazendo um estudo, observando em outras cidades para adequar à demanda. A gente vai dar continuidade ao que já vinha andando”, observa o coronel, que tem 32 anos de atuação na Polícia Militar. Conforme o diretor, o novo decreto deverá incorporar todas as necessidades, como, por exemplo, a permissão para que pessoas jurídicas possam ter a licença do serviço. “Qualquer mudança hoje exige alteração do decreto.”

Outra ação já prevista pelo coronel é a melhoria da comunicação entre a SATrans e a população. Hoje, a autarquia recebe em média 350 demandas mensais pelos canais ofertados à comunidade, como o 0800 019 19 44 e pelo endereço eletrônico www3.santoandre.sp.gov.br/portalsatrans.

“Queremos incentivar o uso destes espaços de comunicação. Retomar a tabulação destas notificações, que podem ser desde sugestões, reclamações, pedidos de esclarecimentos ou de manutenção, e ouvir a população, que é quem utiliza os serviços”, observa.

A autarquia é responsável pela execução e fiscalização da política de transportes públicos do município de Santo André e, portanto, por 200 mil usuários do sistema por dia. São 414 ônibus de 48 linhas e 456 carros escolares.

O coronel substitui o ex-vice-prefeito de São Caetano Iliomar Darronqui (PR), que ficou no cargo entre fevereiro e agosto. “Foi uma surpresa (o convite para assumir a função), mas era uma área em que a gente tinha uma interlocução. A administração pública, o trabalho, a lei que você tem de cumprir são os mesmos. O aprendizado que a gente tem na área pública nos dá segurança”, considera o diretor, que já comandou os 41º e 30º batalhões da Polícia Militar na região.