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Terça-Feira, 23 de Abril de 2024

Literatura: da caverna ao 5G
Do Diário do Grande ABC
09/06/2021 | 23:59
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Abra um livro numa página qualquer e leia um trecho aleatório. Bem provável que a leitura faça sentido em algum aspecto da sua vida. Isso não é mágica. É só destilação de ideias e emoções. Que atravessam o tempo e o espaço. E chegam até nós. É só literatura. Estamos à porta da era do 5G. Uma revolução tecnológica que permite comunicação digital em altíssima velocidade numa capacidade espantosa de transmissão de dados. Novas e espetaculares possibilidades se avizinham. E sempre me pergunto: como a literatura vai se encaixar nesse universo?

Mas antes de entrar no assunto vou abrir outra janela aqui. Só para lembrar que o ato de contar histórias nos acompanha desde o tempo das cavernas, quando nossos ancestrais desenhavam nas paredes para relatar seus feitos heroicos. Sim, está no nosso DNA e não é nenhuma novidade. Há muito já saímos das cavernas. Somos seres intelectuais. E a necessidade de narrar fatos persiste, somada ainda às habilidades de imaginar, criar, sonhar, desenvolver. Parece ter se tornado um bem essencial à vida humana. Em 1988, o mestre Antonio Candido (1918-2017) nos confirma com um texto fundamental: Direito à Literatura.

Trata-se de um trabalho que embasa a relação entre direitos humanos e a literatura. Fala da importância da fabulação na construção de grandes civilizações e de como estão presentes em todos os níveis de sociedade e formas de cultura a criação literária, ficcional, dramática e a absorção de todo esse conteúdo como alimentos de transformação e expansão, pessoal e social. A literatura é um bem indispensável à nossa humanização. Dá voz e vez às ações, dá alma à vida. É liberdade. Sem esquecer de seu poder de instrução e de educação, como destaca Candido. Por isso, tão fácil de entendê-la como direito.

Voltemos à janela do 5G e do mundo tecnológico ainda mais veloz. Vamos nos deparar com novas formas de encantamento. Muitas novidades. E cá estou em exercício de imaginação. De projeções e projetos. Para tentar entender ou fantasiar ou inventar o lugar da literatura nessa próxima geração de processamento de informações. Há ainda quem remói o velho medo de o livro físico acabar. Talvez não ocorra. O livro continua sendo uma das mais engenhosas tecnologias criadas pelo ser humano. Mas, independentemente de formato, o que existe é a literatura. E como vamos plugá-la ao 5G? Como vamos contar nossas histórias e nossos feitos?

Uma frase de Rubem Alves (1933-2014) diz: “Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido dentro da alma”. Assim a literatura vem antes e continua tendo suas prioridades.

Nelson Albuquerque Jr. é escritor e jornalista.


PALAVRA DO LEITOR

Garofalo
Nota de pesar pela morte do tenente e nosso amigo Miguel Garofalo (Setecidades, ontem). É com bastante pesar que recebemos a notícia do falecimento. Miguel Garofalo faleceu aos 99 anos, no último dia 8. Deixamos nossas mais sinceras condolências à família e aos amigos por esta inesperada perda.
Toninho Tavares e Jose Walter Tavares,
vereador e ex-vereador, respectivamente


Pró e contra
Acho que todos os leitores participantes desta coluna Palavra do Leitor têm os mesmos direitos, uns para criticar e outros, apoiar o governo brasileiro. Isso é normal. Pois desde quando o mundo é mundo, os pró e contra sempre existiram e continuarão existindo. Mas aqui vai um velho ditado, principalmente aos chefes de Estado e políticos em geral: ‘Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito’. Acorda, Brasil.
Sergio Antonio Ambrósio
Mauá


Ignoram leis
No sábado do feriado de Corpus Christi a população dos bairros Rudge Ramos e Vila Vivaldi teve momentos de terror das 22h às 3h de domingo, quando casa noturna em plena Avenida Senador Vergueiro funcionava normalmente, com som no último volume e desobedecendo as leis sanitárias sobre a Covid, com aglomeração, pessoas sem máscaras e ausência de responsáveis pela segurança pública de São Bernardo, que só aparecem depois de mais de quatro horas de música no último volume, que dava para ouvir a mais de três quilômetros do lugar da infração. Tremenda falta de respeito com quem precisa descansar à noite e em plena pandemia. Se os agentes públicos de segurança da cidade fizessem rondas periódicas pela região poderiam inibir atos de desobediência, mas o que se vê é que a instalação de batalhão da Polícia Militar na cidade não está surtindo o efeito esperado.
Maria de Lourdes Barbosa dos Santos
São Bernardo


Ainda em risco
A CPI da Covid-19 no Senado prossegue interrogando integrantes do governo federal e pode ser constatada a incoerência de vários deles assumindo não terem autoridade necessária para tomar iniciativas em setor tão importante. E a nossa saúde continua correndo riscos.
Uriel Villas Boas
Santos (SP)


Sem A x B
Referente à carta da senhora Keiko Sakata (São-bernardense, ontem), de São Bernardo, nesta coluna, quanto ao título da capa deste nosso Diário (dia 7), em que relata que São Bernardo é a mais vulnerável da região e Santo André tem os números menores, serve, sim, como alerta e jamais como ‘competição’ essa notícia. Já é sabida por todos e juntos temos que nos guardar dessa ‘praga’, pois nossas cidades não têm divisas. Quando surge um óbito todos perdem.
Robson Albuquerque da Costa
Santo André


Tampas soltas
Peço, por gentileza, que o Semasa refaça o trabalho de colocação das tampas de boca de lobo na Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, que, após a troca do asfalto, estão soltas, causando muito barulho e incomodando moradores, a qualquer hora, de dia e à noite, conforme veículos passam sobre elas, principalmente a que fica em frente à Travessa Cervantes, na Vila Silvestre, logo após a Praça Ana Brandão, sentido Centro. É muito barulho! Já houve reclamações por telefone e contato com a Prefeitura, mas, até agora, nada” Semasa, por favor, nos ajude. Acredito ser trabalho bem simples, mas muito importante para os munícipes.
Israel Arruda de Medeiros
Santo André 




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