Demorou, mas saiu e, com certeza, valeu a espera. João Bosco mostra álbum de inéditas após intervalo de oito anos. Antes disso, ele havia lançado coletânea de sucessos, em 2012, para comemorar os 40 anos de carreira. Mano Que Zuera(Som Livre, R$ 29,90, em média), ganha vida ilustrado por 11 temas. Deles, cinco são assinados ao lado do filho, Francisco Bosco, como é o caso de Onde Estiver, que abre o álbum e tem inspiração no compositor norte-americano Bob Dylan.
João Bosco apresenta rico trabalho de arranjos e melodias nas cordas de seu violão. E como não poderia ser diferente em se tratando de quem é, o resultado é música brasileira da melhor qualidade,
O cantor apresenta ainda releituras. Uma delas é Sinhá, composta junto com Chico Buarque e gravada originalmente para o disco do parceiro. “A canção nunca se esgota da primeira vez. Há sempre a possibilidade de você procurar novos limites e eu sempre fiz isso nos meus discos”, afirma Bosco.
Outra que ganha releitura é João do Pulo, escrita ao lado de Aldir Blanc e gravada originalmente há 31 anos, Arnaldo Antunes, alguém com quem Bosco queria há tempos trabalhar junto, também aparece nos créditos na inédita Ultra Leve. Nela a filha de Bosco, Julia, participa. Nome que tem assinado canções com outros grandes artistas, Roque Ferreira também dá as caras em Pé-de-Vento.