Em ato realizado na noite de ontem para promover a pré-campanha de Tarcisio Secoli (PT) na disputa do Paço de São Bernardo, o prefeito Luiz Marinho (PT) foi o mais paparicado pela claque de comissionados e partidos aliados, deixando o nome petista na corrida eleitoral como coadjuvante de sua própria atividade política.

O evento foi realizado na Associação dos Funcionários Públicos, no Centro, com a presença de aproximadamente 1.000 pessoas, e se assemelhou muito às plenárias do OP (Orçamento Participativo), organizadas anualmente pela gestão petista. Além de Marinho dar o tom nos discursos, a primeira-dama e secretária de Orçamento e Planejamento Participativo, Nilza de Oliveira (PT), comandava a reunião – chegou a reclamar de conversas paralelas e criticou os presentes.

“É importante que vocês perguntem a cada morador se o governo Marinho foi bom para a cidade. Se a resposta for negativa, que deixem essa pessoa para lá. Agora, caso entendam que conseguimos avançar na cidade, peço que insistam (em pedir votos a Tarcisio)”, pontuou Marinho, que discursou por 40 minutos.

Na sequência, Tarcisio assumiu o microfone. Mostrou um discurso mais político, com alfinetadas em adversários. Ele não deixou, porém, de exaltar Marinho. “Participamos de um governo que transformou a cidade. Que pegou a cidade em condições precárias, com muitas promessas e poucas realizações. Esses dois jovens que disputam a Prefeitura fizeram parte do governo (William Dib, PSDB) que deixou de fazer pela cidade. E agora querem fazer estágio na administração de São Bernardo”, discursou, referindo-se ao rivais Orlando Morando (PSDB) e Alex Manente (PPS).

Marcaram presença no ato de Tarcisio os vereadores dos partidos aliados como Ramon Ramos (PDT), Roberto Palhinha (PTdoB) e Reginaldo Burguês (PSD), além da bancada do PT e dos deputados estaduais Luiz Fernando Teixeira e Teonílio Barba. Integrantes do PCdoB não compareceram a atividade. Presidente municipal da legenda, Jorge Costa Oliveira, não garantiu apoio ao PT para outubro. Hoje, Marinho irá se encontrar com o deputado federal e líder da legenda no País, Orlando Silva, para tentar sacramentar apoio.