Setecidades Titulo Transporte Público
Linhas intermunicipais seguem paralisadas

Em assembleia ontem, trabalhadores da Eaosa rejeitaram proposta de receber parte dos salários

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
15/07/2016 | 07:00
Compartilhar notícia
André Henriques/DGABC


Trabalhadores das 11 linhas da Eaosa (Empresa Auto Ônibus de Santo André) decidiram, após assembleia realizada na tarde de ontem, manter a greve iniciada na terça-feira. Os funcionários cobram o recebimento do salário de junho, que deveria ter sido acertado no dia 6. Já as sete linhas da Viação Ribeirão Pires voltaram a circular às 17h de ontem, após o pagamento do honorário atrasado.

Conforme o coordenador da subsede de Mauá do Sintetra (Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC), Erivan Vicente de Moura, a proposta apresentada pela empresa não contemplou os motoristas e cobradores. “A folha de pagamento da Eaosa é de R$ 450 mil e eles querem pagar R$ 200 mil. Rejeitamos receber parcialmente o salário”, destaca. A expectativa é que outra rodada de negociação seja realizada hoje.

Pelo menos 15 mil passageiros do transporte público municipal seguem prejudicados pela interrupção do serviço. A EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) sugeriu alternativas operacionais para que o usuário seja afetado o mínimo possível. Entre as opções estão alguns ônibus municipais, a Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e as linhas da Rigras, que fazem itinerário semelhante e foram reforçadas. Os dados podem ser consultados no www.emtu.sp.gov.br/EMTU/pdf/eaosagreve_final.pdf.

Baltazar José de Souza, proprietário das duas empresas, não foi localizado pela equipe do Diário para comentar o assunto. Entretanto, em entrevista concedida em maio, ele destacou a situação delicada das sete empresas de sua propriedade, que operam 39 linhas intermunicipais entre o Grande ABC e a Capital, atendendo 90 mil passageiros diariamente. Um dos agravantes para as dificuldades financeiras enfrentadas pelo grupo (que está em processo de recuperação judicial desde 2012) é o atraso nos repasses da EMTU referentes às gratuidades de idosos e estudantes desde setembro de 2015, conforme Baltazar. A EMTU nega ter débitos com a empresa.  




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;