Em assembleia ontem, trabalhadores da Eaosa rejeitaram proposta de receber parte dos salários
Trabalhadores das 11 linhas da Eaosa (Empresa Auto Ônibus de Santo André) decidiram, após assembleia realizada na tarde de ontem, manter a greve iniciada na terça-feira. Os funcionários cobram o recebimento do salário de junho, que deveria ter sido acertado no dia 6. Já as sete linhas da Viação Ribeirão Pires voltaram a circular às 17h de ontem, após o pagamento do honorário atrasado.
Conforme o coordenador da subsede de Mauá do Sintetra (Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC), Erivan Vicente de Moura, a proposta apresentada pela empresa não contemplou os motoristas e cobradores. “A folha de pagamento da Eaosa é de R$ 450 mil e eles querem pagar R$ 200 mil. Rejeitamos receber parcialmente o salário”, destaca. A expectativa é que outra rodada de negociação seja realizada hoje.
Pelo menos 15 mil passageiros do transporte público municipal seguem prejudicados pela interrupção do serviço. A EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) sugeriu alternativas operacionais para que o usuário seja afetado o mínimo possível. Entre as opções estão alguns ônibus municipais, a Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e as linhas da Rigras, que fazem itinerário semelhante e foram reforçadas. Os dados podem ser consultados no www.emtu.sp.gov.br/EMTU/pdf/eaosagreve_final.pdf.
Baltazar José de Souza, proprietário das duas empresas, não foi localizado pela equipe do Diário para comentar o assunto. Entretanto, em entrevista concedida em maio, ele destacou a situação delicada das sete empresas de sua propriedade, que operam 39 linhas intermunicipais entre o Grande ABC e a Capital, atendendo 90 mil passageiros diariamente. Um dos agravantes para as dificuldades financeiras enfrentadas pelo grupo (que está em processo de recuperação judicial desde 2012) é o atraso nos repasses da EMTU referentes às gratuidades de idosos e estudantes desde setembro de 2015, conforme Baltazar. A EMTU nega ter débitos com a empresa.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.