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Governo argentino descarta anistia para repressores da ditadura
Por Da AFP
07/10/2006 | 19:23
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O governo argentino descartou neste sábado ditar uma nova anistia ampla que beneficie os responsáveis por violações dos direitos humanos durante a ditadura de 1976 a 1983, reivindicada por setores favoráveis ao regime militar.

"Se alguém pede anistia, evidentemente está vendo outro canal. Assim, lhes custa admitir a nova realidade que o país vive", disse neste sábado Alberto Fernández, chefe de gabinete e braço-direito do presidente Néstor Kirchner.

Na quinta-feira, cinco mil pessoas participaram de um ato de ex-militares para reivindicar uma anistia que detenha os julgamentos contra militares e policiais envolvidos no terrorismo de Estado.

Desde que chegou ao poder, em 2003, o governo Kirchner impulsionou a anulação das leis de Ponto Final (1986) e Obediência Devida (1987), que haviam inocentado centenas de acusados de violações contra os direitos humanos.

A anulação destas normas permitiu reabrir processos contra mil ex-militares e ex-policiais, dos quais 260 receberam a prisão preventiva, embora só 10% cumpra pena em presídios comuns.




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