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Azulão vai mal em
ensaio para Paulista

De olho no Penapolense, time estreia com derrota por 1 a 0
para Arapongas no Estádio dos Pássaros pela Copa do Brasil

Thiago Bassan
Do Diário do Grande ABC
11/04/2013 | 01:05
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Não foi o ensaio que o São Caetano esperava. O time teve fraco rendimento, sucumbiu à pressão dos donos da casa e iniciou com resultado ruim a campanha na Copa do Brasil de 2013. O Azulão foi derrotada pelo Arapongas por 1 a 0, ontem à noite, no Estádio dos Pássaros, no Paraná, e agora precisa vencer por dois gols de diferença dia 17, no jogo de volta, no Anacleto Campanella, para avançar na competição nacional.

Péssimo resultado para quem queria usar a partida como estímulo para o confronto decisivo contra o Penapolense, sábado, que pode decretar o rebaixamento para a Série A-2 do Paulista.

O duelo mostrou equilíbrio nos primeiros minutos. As equipes se alternavam no ataque, uma ameaçando a outra com frequência. Os lances de perigo, porém, sempre acabavam nas mãos dos goleiros Fábio (São Caetano) e Edson Mardden (Arapongas).

Aos poucos, os donos da casa se soltaram em campo, centralizaram as jogadas e passaram a pressionar, enquanto o Azulão tentava surpreender nos contra-ataques.

Só que o São Caetano pecava na marcação. E, por pouco, não foi surpreendido aos 33, quando, em falta perigosa, Teles assustou.

O contra-ataque continuavam sendo a arma dos visitantes. E o gol só não saiu por falta de pontaria dos atacantes. Aos 38, após rebote do goleiro Edson, Danielzinho tinha boa oportunidade para abrir o placar, mas desperdiçou.

Quando o duelo já se encaminhava para o fim do primeiro tempo, aos 45, Edu Amparo dominou e bateu colocado no ângulo, sem chances para o arqueiro Fábio - 1 a 0 Arapongas.

O gol mexeu com o São Caetano. A equipe voltou do intervalo com postura diferente. O polêmico Jobson foi a campo no lugar do zagueiro Bruno Aguiar, e deixou a equipe com três atacantes.

A primeira chance de gol do time foi de Jael, que bateu falta, aos 12, e quase marcou. Já aos 21, Danielzinho deixou Jobson em boas condições de empatar, o atacante bateu rasteiro e a bola passou perto.

A pressão são-caetanense seguia, e em rápida tabela, Diego tocou para Jobson, na área, mas o goleiro Edson Mardden salvou os paranaenses que, quando partiam para o ataque, assustava. O time, porém, pecava nas finalizações.

Em vantagem, o Arapongas apenas tocava a bola, para administrar o tempo. A postura enervava o São Caetano, que não se encontrava em campo. Apesar de algumas tentativas até o fim da partida, o time esteve longe de conseguir a igualdade.

 

Treinador Daniel Martine cobra jogadores

 

Daniel Martine esbravejou contra sua própria equipe ao fim da partida diante do Arapongas. O treinador são-caetanense criticou a postura de seus comandados e exigiu comprometimento dos jogadores.

"Os mesmos erros vão acontecendo e os resultados não aparecem. Tecnicamente, nosso time é superior, mas precisa mostrar dentro de campo, não adianta ficar só na palavra. Precisa correr, querer jogar, todo mundo aparecer. É um momento de nervosismo, mas falta comprometimento, tesão para jogar, porque não era um confronto difícil, mas a gente precisa trabalhar, ter responsabilidade", reclamou.

Já o volante Fabinho foi mais ameno. "Não pecamos tanto na partida. O adversário foi feliz, e eles conseguiram ser melhores na finalização. Se capricharmos um pouco mais neste aspecto, tenho certeza de que podemos vencer no jogo de volta", salientou.

Conhecido por sua liderança dentro das quatro linhas, o meio-campista enfatizou que sua postura não incomoda os demais atletas. "Estou há um mês e meio aqui, tenho meu jeito de cobrar, reclamar, às vezes algum companheiro estranha, mas é normal", ressaltou Fabinho. TB

 

Rivaldo vai do céu ao inferno antes e durante a partida

 

Bastante aplaudido pela torcida do Arapongas antes da partida e um dos principais responsáveis pela presença do público no Estádio dos Pássaros, o meia Rivaldo viu a receptividade mudar durante o jogo. Assim que a bola começou a rolar, os seguidores do time paranaense esqueceram os bons modos e partiram para as ofensas contra o veterano jogador.

Todas as vezes em que Rivaldo ia cobrar um escanteio, o Estádio dos Pássaros vinha abaixo com xingamentos ao atleta, fato que entristeceu o pentacampeão.

"Eu acho legal a maneira como sou recebido em alguns estádios, com as pessoas aplaudindo. É claro que, às vezes, chateia, como em algumas oportunidades quando os torcedores xingam a gente. Eles falam alguns palavrões que a gente escuta. Me aplaudiram em 2002, quando conquistamos o pentacampeonato com a Seleção. Mas, hoje (ontem), como as pessoas têm memória fraca, começaram a xingar. Pelo menos o respeito eu tinha que ter. Mas isso é coisa da minoria", analisou o jogador.

Prestes a completar 41 anos, o meia se disse satisfeito com seu desempenho. "Estou jogando, quase aguentei os 90 minutos, mesmo com um jogador me marcando homem a homem e que tinha somente 18 anos", ressaltou. TB

 

Torcida paranaense faz festa para o Arapongas, Azulão, Rivaldo, Nairo...

 

A cidade de Arapongas se preparou como nunca para receber o São Caetano. No trajeto para o estádio, muitos outdoors pelo município anunciavam o jogo, chamando o duelo de "o mais importante da história do Arapongas". E não era para menos. O clube fundado em 1974 participou pela primeira vez na história da Copa do Brasil.

E a torcida veio no embalo do crescimento do Arapongão. O Estádio dos Pássaros recebeu público para lá de animado. Fogos, bandeirões que ocupavam boa parte das arquibancadas e os proibidos sinalizadores davam o tom da festa que a torcida armou para receber a equipe. Além, é claro, das provocações contra o maior rival, o Londrina.

Até mesmo o adversário foi saudado. Logo que desembarcou no estádio, o ônibus do São Caetano foi recebido com festa. A torcida gritava o nome de alguns jogadores, mas o mais assediado, sem dúvida, era Rivaldo, que ouvia insistentemente pedidos de fotos e autógrafos.

Outro personagem do São Caetano com status de estrela era o presidente Nairo Ferreira de Souza. Não foram poucos os pedidos de entrevistas das emissoras locais. E em todas elas, os repórteres manifestavam mensagem de apoio ao time, dizendo que o Azulão não será rebaixado no Paulistão. TB

 

 




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