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Shows na região agitam
Dia da Consciência Negra

Destaques foram as cantoras Negra Li e Dona
Ivone Lara, nas cidades de Ribeirão e Sto.André

Por Cadu Proieti
21/11/2013 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


 O Dia da Consciência Negra não poderia ter sido comemorado de outra forma na região. Shows de cantoras e apresentações de artistas, todos representantes da cultura afro, fizeram a festa da população. Os principais nomes da data comemorativa foram as cantoras Negra Li e Dona Ivone Lara, um dos maiores nomes do samba, música com raízes negras.

Em Ribeirão Pires, estima-se que de 3.000 a 4.000 pessoas passaram pelo palco principal da Vila do Doce, no Centro, onde foram realizadas as apresentações durante o feriado. O evento na cidade teve início às 14h, com a Comunidade dos Índios Karibokas. A festa contou com artistas negros da cidade, que mostraram números de dança e canto acompanhados por instrumentos e capoeira. O palco também recebeu a banda Ophélia e o rapper mauaense Preto WO. A principal atração, Negra Li, subiu ao palco por volta das 21h40. Ela foi vista por cerca de 2.000 expectadores, segundo a Prefeitura.

“Hoje, é dia de festa. Essa data serve para nos animar para a luta diária que enfrentamos contra a discriminação à raça negra. Nós, negros, matamos um leão a cada dia. A vinda do público acompanhar nossa festa, independentemente da cor, mostra que somos um povo que viveu escondido por muito tempo, mas hoje tem orgulho de mostrar sua cultura e lutar contra o preconceito”, disse Elza da Silva Carlos, popularmente conhecida como Elzinha, ex-vereadora e uma das líderes da comunidade afro na cidade.

Em Santo André, cerca de 4.000 pessoas passaram pelo estacionamento do Paço para acompanhar as apresentações em homenagem ao Dia da Consciência Negra. A chuva, que caiu no início da tarde, chegou a afastar o público. Mas, por volta das 20h30, cerca de 1.000 pessoas estavam a postos para assistir a lenda do samba Dona Ivone Lara. Apesar dos claros sinais de debilidade por conta de seus 92 anos, a cantora, que tossiu muito durante o show, agitou o público com canções clássicas em uma hora de apresentação.

“Ela é uma ótima representante para estar aqui na data de hoje (ontem). É negra e mulher, um exemplo de luta contra o preconceito, tanto racial quanto feminino. Além disso tudo, é um grande expoente da música popular brasileira”, comentou o educador Eduardo Rodrigues, 27 anos, que se declarou fã da cantora. Ele também acompanhou o show da sambista Eliane de Lima, que se apresentou antes de Dona Ivone Lara.




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