Política Titulo Sem hospital de campanha
Diadema inicia licitação para reformar HM

Paço abre mão de unidade no Quarteirão e decide instalar leitos em equipamento já existente

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
15/08/2020 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


O governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), colocou na rua licitação para reformar o HM (Hospital Municipal), em Piraporinha. A iniciativa ocorre em meio ao impasse que a gestão verde vem enfrentando para conseguir tirar do papel promessa de implementar hospital de campanha na cidade, com recursos do governo do Estado, para atender pacientes de Covid-19.

O governo Lauro decidiu reformar todo o sétimo andar do HM. Pelo edital, o setor abrigará 19 leitos de UTI para absorver a demanda da pandemia. O Paço diademense estima gastar R$ 748,5 mil com as intervenções e o prazo para que as obras sejam concluídas é de dois meses. Todo o projeto será custeado com recursos próprios da Prefeitura.

Lauro vem tentando emplacar hospital de campanha em Diadema há quatro meses. O verde anunciou ainda em abril a intenção de transformar o segundo andar do Quarteirão da Saúde, hoje ocioso, em unidade exclusiva para pacientes de Covid-19. O verde, porém, apostou em investimento do Palácio dos Bandeirantes para cumprir a promessa. De lá para cá, nada avançou.

Em junho, o governo Lauro chegou a conseguir com que o secretário Marco Vinholi (PSDB, Desenvolvimento Regional) prometesse visita à cidade para avaliar as condições do local onde seria instalado o hospital de campanha. A visita, porém, foi cancelada e nada mais se falou sobre o projeto. Ao fazer a promessa, Lauro chegou a projetar a abertura de 103 novos leitos, entre UTI e enfermaria.

Atualmente, o HM é o principal equipamento na cidade a tratar de pacientes com Covid-19. Arcaico e com problemas de infraestrutura, o hospital não passava por reformas porque, segundo a Prefeitura, o prédio pertencia ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). No ano passado, o Diário revelou que o órgão anunciou que transferiria a titularidade do imóvel à União que, por sua vez, reconheceu que poderia repassá-lo à municipalidade. Questionado, o governo Lauro não informou se o prédio foi doado de fato à cidade. “A reforma realiza-se em caráter de urgência visando a ampliação de leitos de UTI”, afirmou a administração, por meio de nota.  




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