Política Titulo Combate à pandemia
Morando elogia atos solidários de São Bernardo

Prefeito cita doações generosas de empresários e pessoas físicas para ajudar impactados pela pandemia

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
23/04/2020 | 00:01
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O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), enalteceu a solidariedade da população da cidade para auxiliar as pessoas mais impactadas pela crise gerada pela pandemia do novo coronavírus.

Acometido pela Covid-19 no fim do mês passado – ficou, inclusive, na UTI, respirando com ajuda de oxigênio via cateter –, o tucano relatou que ele mesmo tem pedido a empresários conhecidos do município donativos para expansão de rede de atenção aos mais necessitados e que se deparou também com auxílios significativos de moradores.

“Tenho me empenhado pessoalmente para pedir (doações). Aos sábados, domingos e feriados ligo para amigos, para as empresas. Dependemos das doações e muitas têm sido generosas. Vou continuar pedindo apoio, para mais empresas, para mais pessoas. Até pessoas físicas fizeram doações generosas”, discorreu.

O tucano citou que apenas o projeto de Cartão Merenda Escolar, que transfere R$ 85 por mês aos 82 mil alunos matriculados na rede para compra de alimentos, conta com recursos públicos. “As demais ações são tudo fruto de doações.”

“O Cartão Merenda Escolar é programa pioneiro na região, considero justo. Utilizamos a despesa que não temos com merenda das crianças nas escolas. Dá suporte para que a mãe possa oferecer merenda balanceada dentro de casa (ao aluno). Auxilia a família. A refeição no lar atende a toda a família”, emendou o tucano, a respeito da proposta, que vai durar enquanto perdurar a pandemia.

ANÁLISE FEDERAL
Morando pediu cautela também ao politizar a situação da pandemia ao ser questionado a respeito do confronto vivido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta – Bolsonaro era contra o isolamento físico e Mandetta defendia a medida recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Na visão de Morando, a saída de Mandetta – demitido na semana passada, dando lugar a Nelson Teich – é perda grande, uma vez que “Mandetta vinha conduzindo muito bem o processo”, porém, ele adiantou: “Momento não é de discussão política, não é o que as pessoas precisam”.

“Para mim está claro que tem de ter alinhamento mínimo entre o presidente e o ministro da Saúde. Cargo de ministro é do presidente. Não faz sentido presidente ir por uma linha e ministro, por outra”, comentou o tucano. “A prioridade, na minha visão, precisa ser vidas. E, para mim, quem seguir o que a ciência diz, está no caminho certo, vai errar menos”, comenta. “As pessoas não procuram culpados, querem soluções. Querem solução para aquele que foi infectado e para o problema econômico, o que é também uma realidade. O trabalhador está sentindo mais, assim com o pequeno ou médio empresário, o lojista. É angustiante.”

Morando, por fim, criticou a postura de pessoas que estão abandonando o isolamento físico. “Como a quarentena de São Paulo e o isolamento foram eficientes, esse êxito tirou o medo das pessoas. Se tivessem milhares de mortos, seguramente as pessoas sequer iriam voltar (às ruas). Itália está inteiramente parada (ao exemplificar por um dos países que mais sofreram com o número de mortes por Covid-19). Como processo foi antecipado e trabalhado com eficiência (no Estado), diminuiu o medo. Isso, de fato, não é positivo.” 




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