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Metalúrgico faz 'surpresa' para Lula
Frederico Rebello Nehme
Do Diário do Grande ABC
17/04/2005 | 12:22
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Um pacote de “surpresas” está reservado para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema durante o ato que acontecerá na segunda-feira na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (como a entidade é chamada hoje). O evento comemora os 30 anos da posse de Lula como presidente do sindicato, em 19 de abril de 1975.

As “surpresas” são guardadas a sete chaves pela comissão organizadora. “Não conto de jeito nenhum”, afirma o secretário-geral do sindicato, Tarcísio Secoli. Ele deixa escapar apenas que as “surpresas” evocarão lembranças de pontos específicos da trajetória de Lula no sindicato. “O evento terá forte valor simbólico. Pode parecer, para pessoas de fora do sindicato, que todo esse cuidado é desnecessário. Mas estamos preparando ‘surpresas’ tanto para o presidente Lula quanto para os ex-sindicalistas. Para nós, essa cerimônia tem uma conotação emotiva, também”, afirma Secoli.

A cerimônia, no salão de eventos do sindicato, contará com a presença dos ministros José Dirceu (Casa Civil) e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), de representantes da atual diretoria do sindicato, do presidente nacional da CUT, Luiz Marinho (ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC), e será transmitida por um telão para trabalhadores do lado de fora do sindicato. Está prevista a entrega de um troféu pelo presidente Lula aos antigos companheiros de diretoria.

“A cada ano, temos um coisa nova para contar, mas esse período foi muito marcante para a nossa história. A programação do encontro com Lula terá essas ‘surpresas’ justamente para marcar a realização desse evento”, afirma Feijóo, presidente do sindicato.

Estarão presentes 16 dos 23 integrantes da diretoria eleita em 1975. Entre eles, figuras que ganharam notoriedade política regional ou nacional, como Djalma Bom, 66 anos, ex-deputado federal pelo PT e ex-vice-prefeito de São Bernardo; Devanir Ribeiro, 61 anos, deputado federal (PT-SP) e ex-vereador em São Paulo; Antenor Biolcatti, ex-vereador em Santo André pelo PMDB; e Nelson Campanholo, ex-verador em São Bernardo pelo PT.

Também participam ex-diretores que tiveram forte atuação no movimento sindical da época, como Paulo Vidal Neto, 63 anos, presidente do sindicato entre 1969 e 1975 e um dos articuladores da ascensão de Lula à presidência do sindicato; Rubens Teodoro de Arruda, o Rubão, 66 anos, vice-presidente no mandato de 1975; e João Justino de Oliveira, o Janjão, 73 anos, um dos “homens fortes” do sindicato no período.

Lula já era diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo antes de ser eleito presidente, em 1975, com 97,5% dos votos válidos. Ele se reelegeu em 1978, renovando metade da direção, com 91% dos votos, e teve o mandato cassado em 1980. Durante o período à frente do sindicato, liderou as greves de 1978, 1979 e 1980, num processo político que resultou no surgimento da CUT e do PT.




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