Política Titulo Evolução
Orçamento da FUABC cresce quatro vezes na última década
Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
02/01/2020 | 06:04
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Denis Maciel/DGABC


O orçamento da FUABC (Fundação do ABC) chegou à casa dos R$ 2,4 bilhões, valor quatro vezes maior do que a entidade registrou há uma década. A evolução da receita transformou a instituição em uma das maiores 300 empresas do País, segundo ranking do jornal Valor Econômico.

Em 2009, a FUABC, mantida pelas prefeituras de Santo André, São Bernardo e São Caetano, arrecadou R$ 562,8 milhões. Os R$ 2,4 bilhões consolidados no ano passado e projetados para o exercício deste ano representam acréscimo de 326%. A inflação do período, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi de 75%.

Outro número que mostra a expansão da Fundação na última década é a quantidade de funcionários. Em 2009, o então presidente Wagner Boratto estava à frente de uma instituição com 7.900 colaboradores. Adriana Stephan Berringer, eleita para dirigir a FUABC neste biênio, chega ao posto com a missão de administrar 22 mil funcionários. A alta é de 2,7 vezes – ou 278%.

Adriana admite que tamanho crescimento nos últimos dez anos foi acompanhado de algumas falhas de gestão. Curso negativo que começou, segundo ela, a ser estancado com Maria Bernadette Zambotto Vianna, que presidiu a Fundação entre fevereiro de 2017 e setembro do mesmo ano.

“A Bernadette pegou uma situação catastrófica e teve de implementar série de medidas consideradas impopulares. Reduziu custos, cortou na carne. A coisa se estabiblizou a ponto de a gente começar a pensar medidas de planejamento orçamentário integrado, com novas tecnologias que estamos em fase de licitação”, comentou Adriana, indicada da Prefeitura de São Caetano para a função. Ela já passou pelos postos de secretária-geral e de vice-presidente e vai, pela primeira vez, comandar a entidade regional.

Na comparação com 2018, o orçamento da FUABC crescerá 3,3%, praticamente o índice inflacionário do período, mas a cartela de receitas vigente fez a Fundação cair posições no ranking Valor 1000, que lista as mil maiores empresas em atuação no País.

A organização regional estava na posição 261 na lista de 2018 (referente aos dados de 2017) e, no rol de 2019, ficou na colocação 282.

Adriana citou ainda que o departamento jurídico da entidade tentará, para este ano, desvincular os contratos sob olhares do TCE (Tribunal de Contas do Estado) para que prefeituras adimplentes não sejam prejudicadas por administrações que não pagam os valores em dia. “O dinheiro é separado, com verba carimbada e em contas separadas. Mas quando há o bloqueio, é em nome da Fundação. Vamos tentar criar mecanismo para bloquear de quem deve.” 




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