Monteiro retornou por volta das 3h deste sábado de uma viagem de sete dias à França, onde foi estabelecer contatos com a Interpol e outras polícias internacionais para colher informaçoes e pedir auxílio na captura do juiz Lalau.

O diretor da PF disse que os trabalhos estao avançados, mas o paradeiro do ex-presidente do TRT é incerto. Segundo Monteiro, trabalha-se tanto com a possibilidade de Nicolau estar foragido no Brasil quanto no exterior.

A captura é dificultada devido ao passado e ao "poderio econômico" do juiz Nicolau, queixou-se Monteiro. O dinheiro dá uma "grande mobilidade" ao foragido, que pode viajar constantemente e dificultar ainda mais as buscas, segundo o diretor da PF.

Agílio Monteiro Filho contou ainda que, com certeza, o juiz Lalau nao está em poder de seu passaporte original - que está retido na Polícia Federal.

O diretor preferiu nao prever uma data para a captura de Lalau, mas garantiu que ele será preso. Monteiro elogiou os esforços da Polícia Federal, que tem se empenhado "diuturnamente" no caso. "A medida que as diligências avançam, eliminamos possibilidades", analisou.

Antes de viajar para a França, no começo da semana, Agílio Monteiro esteve reunido com delegados da força-tarefa especialmente criada para a captura de Nicolau. Os membros da PF explicaram ao diretor detalhes das investigaçoes e os resultados da busca no Uruguai, onde o ex-juiz estaria escondido.

A reuniao ocorreu na casa do ministro da Justiça, no bairro de Pinheiros, zona Oeste de Sao Paulo.

José Gregori contou que o diretor da PF fez contatos "muito importantes" em Lyon, França, com os dirigentes da Interpol. Além das informaçoes na busca do juiz Nicolau, o ministro disse que Agílio foi ao país europeu para participar da assinatura do contrato de financiamento, na sede do BNP-Paribas, que vai render cerca de US$ 430 milhoes. Os bancos sao líderes do consórcio responsável pela compra de equipamentos para a Polícia Federal.