Pelo visto, Arthur Zanetti começou bem o ano ao conquistar a medalha de ouro nas argolas na Copa do Mundo de Ginástica, disputada no Aspire Dome, em Doha, Catar. O são-caetanense confirmou o favoritismo e mostrou que é esperança do Brasil na Olimpíada de 2016, no Rio.No fim de sua exibição, Zanetti somou 15.700 pontos e superou o chinês Qiuhua Liau, prata com 15.425. Em terceiro ficou o armênio Artur Tovmasyan. Além do vencedor, a prova contou com outro brasileiro, Henrique Medina, que ficou em sexto com 15.250.A medalha de Zanetti foi a segunda conquistada por brasileiros nesta etapa da Copa, que será encerrada hoje. A primeira veio de outro Arthur, o Mariano, que conquistou a medalha de prata no solo. Em apresentação quase perfeita, o ginasta se desequilibrou na última acrobacia, somou 14.900 e ficou em segundo lugar.Mesmo com Zanetti garatindo outra medalha de ouro, a primeira desde a Olimpíada de Londres, em 2012, a carreira dele não mudou como esperado. "Eu conquistei o ouro, não tenho mais para onde ir. Todo mundo falou que a minha vida ia mudar. Mudou a parte de reconhecimento, mas a de estrutura, que vai me fazer melhorar, ficou um pouco precária", disse o são-caetanense.O atleta vinha reclamando da precariedade das instalações da Serc (Sociedade Esportiva Recreativa Cultural), em São Caetano. A academia, apesar de contar com todos os equipamentos, dispunha somente de um para cada modalidade. Além disso, o local não tinha pista de solo, o que obrigava os atletas a trabalhar em pista reta, diferentemente da quadrada, onde a prova é realizada."Até um tempo atrás a gente não tinha solo e chegávamos para as competições para fazer solo praticamente na hora. Treinávamos em uma pista que era uma reta só, diferentemente de um solo quadrado e isso acabava irritando", contou Zanetti, mostrando as dificuldades enfrentadas por ele e outros atletas brasileiros.