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Diadema tem o seguro de veículos mais caro da região

Valor médio do serviço no município é de R$ 2.781,30, maior do que na Capital e no Litoral

Por Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
16/02/2014 | 07:05
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Claudinei Plaza/DGABC


A cidade de Diadema é a campeã de preço no Granda ABC na hora do cálculo do preço do seguro de automóveis. Segundo simulação realizada pelo Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguro no Estado de São Paulo), o serviço sai, em média, por R$ 2.781,30 na cidade.

Além das cidades da região, o valor é maior do que em Santos, onde fica por R$ 1.630,72 e na Capital (onde o preço mais alto é no bairro de São Mateus, na Zona Leste, em que custa R$ 2.517,09).

Coincidentemente, Diadema também observou o maior crescimento no número de roubos ou furtos de veículos em 2013. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, a cidade registrou 4.124 ocorrências em 2012, saltando para 5.140 no ano passado, aumento de 24,6%.

Em segundo no ranking dos maiores preços do seguro automotivo da região aparece Mauá, com R$ 2.624,41, que também supera a Capital e o Litoral. A cidade com o menor valor é São Caetano, com R$ 1.961,39. Esse município foi o que teve menor crescimento entre os listados da região nas ocorrências de roubos e furtos de veículo: a alta foi de12,4% (1.435 em 2012 para 1.614, em 2013).

IMPACTO

Segundo o primeiro secretário do Sincor-SP, Carlos Alberto Pelais, o índice de roubos tem impacto direto no valor do serviço. “Automaticamente, se há mais roubos, o seguro vai aumentar. Além das ocorrências, cada seguradora registra a marca e modelo do carro nas estatísticas, o que faz com que o preço varie tanto”, afirma.

Porém, o índice de roubos não é o único determinante no valor final para o consumidor. “As ocorrências representam 20% do preço total para o segurado. A secretaria divulga esse número, que é oficial, mas ele pode impactar ainda mais no preço dependendo de cada seguradora, porque pode ser que haja mais carros dela roubados em determinada cidade.”

Conforme complementa o diretor do Sincor-SP na região do ABC, Arnaldo Odlevati Júnior, os números oficiais confirmam o que as seguradoras registram no seu banco de dados.

“Para efeito de cálculo de preços, a seguradora não usa números da secretaria, ela usa dados internos. Cada uma tem seus próprios números baseados nos índices de sinistros dos seus clientes”, afirma.

Além dos números de roubo, furto e colisão, as companhias analisam o perfil de cada candidato a segurado. Por exemplo, a idade, o número de pessoas que usam o carro e a forma com que ele é utilizado também ajudam no cálculo.

Porém, conforme explica Odlevati Júnior, é o banco de dados que vai fazer com que o preço de uma seguradora se diferencie tanto do de outras. “Vamos supor que o número de roubos caiu, mas teve um aumento de veículos que colidiram, o desequilíbrio continua. Ou houve mudança nas leis de trânsito, como a questão da lei seca, tudo isso impacta.”


NEGOCIAÇÃO - Antes de fechar com uma seguradora é primordial que o consumidor procure um corretor e faça a simulação com várias empresas, segundo os especialistas.

“O preço do seguro tem que condizer com as necessidades do cliente. Às vezes vale a pena pagar um pouco mais por uma empresa que eu acho que me atende melhor”, declara o secretário do Sincor-SP, Carlos Pelais.

Também é importante que não seja omitida nenhuma informação na ficha, mesmo que ela encareça o valor final, como não possuir garagem. “Se você mentir, o seguro vai investigar quando acontecer alguma coisa. E, nesse caso, eles se negam a cobrir qualquer valor”, finaliza.




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