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Semana Mundial do
Brincar tem atividades

Programação na UniABC continua amanhã, nos períodos entre 9h e 11h e das 19h às 22h

Por Guilherme Monfardini
Especial para o Diário
21/05/2013 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Pular corda, jogar amarelinha e futebol, brincar na rua ou no parquinho. Essas lembranças fazem parte do imaginário de muitos adultos, mas são bastante diferentes daquelas que as crianças de hoje terão, já que as brincadeiras do momento são o computador ou o videogame.

"Não tem como deixar as crianças brincarem na rua, é muito perigoso. Antigamente era tranquilo, hoje não dá mais. As crianças ficam em casa e o computador acaba sendo a única opção", disse a estudante de Psicologia Bruna Rizo Pacheco, 23 anos, mãe de dois filhos, um de 4 anos e outra de 10 meses.

Pensando nisso, foi criada a Semana Mundial do Brincar. Para comemorá-la, a Universidade Anhanguera UniABC, em Santo André, realizou ontem e fará novamente amanhã atividades que relembram as brincadeiras de antigamente. "Brincar favorece o desenvolvimento cognitivo (pensamento, linguagem e raciocínio), motor e o domínio de direções. Quando a criança brinca, ela se movimenta e isso faz com que desenvolva todo o corpo", explicou a organizadora da Semana do Brincar, Elza Pontes.

Já no videogame, a criança desenvolve apenas uma parte do corpo. "Na brincadeira de rua, ela precisa pensar, correr, se esconder, procurar. São muitas atitudes que, juntas, ajudam a criança a desenvolver-se por completo", disse a coordenadora do curso de Pedagogia da UniABC, Simone Penteado Silva de Jesus.

A especialista afirmou que fez questão de passar para seus filhos as brincadeiras da infância dela. "Hoje eles já estão crescidos, na universidade, mas, mesmo assim, ainda batem bola na rua. É claro que eles também jogam videogame, mas pouco, eles preferem o futebol", garantiu.

As crianças, porém, têm uma visão diferente dos adultos sobre os jogos eletrônicos. Os pais querem que os filhos saiam do computador, mas eles não. Apesar da pouca idade, Gustavo Pacheco, 4, foi taxativo. "Prefiro o videogame, gosto mais."

Da mesma idade do colega, Pedro Torres Tavano abre espaço para outras brincadeiras, mas também gosta dos games. "Prefiro ficar no videogame, mas quando meus amiguinhos me chamam, a gente brinca de polícia e ladrão."

Já a irmã de Pedro, Júlia, 5, prefere as brincadeiras com os amigos. "Gosto de jogar futebol com meu irmão e também de brincar de mamãe e filhinho."

Para Simone, quem brinca resgata a infância e se sente melhor. "Brincar é se sentir bem. Quem brinca vê a vida diferente, menos pesada", afirmou.

Amanhã as brincadeiras acontecem de novo, das 9h às 11h e das 19h às 22h, na brinquedoteca da universidade. O evento é gratuito e aberto à população.




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