O mercado de veículos importados começou o ano com aumento de 105% das vendas em janeiro, na comparação com o mesmo período de 2006. A disparidade entre janeiros é reflexo da valorização do real em relação ao dólar, que facilita as importações. Contudo, a maior parcela das 11.145 unidades emplacadas não foi realizada por empresas importadoras, mas sim pelas montadoras, beneficiadas pelos acordos comerciais com o México e o Mercosul.

De acordo com dados da Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores), do total emplacado em janeiro, somente 567 veículos foram das associadas à entidade – BMW, Ferrari, Kia, Maserati, Porsche e SsangYong. Na comparação entre janeiros, as vendas das marcas representadas pela Abeiva cresceram 13,4%.

Apesar do balanço mostrar números positivos, a Abeiva defende a redução da alíquota de importação de 35% embutida no preço do veículo. É por causa dessa cobrança que as montadoras levam vantagem na hora de trazer produtos para o país, especialmente no que se refere a automóveis e comerciais leves.

O caso das marcas fora da Abeiva é ainda pior. As vendas de janeiro caíram 16,2%, em relação ao mesmo mês de 2005. Descontentes com a dificuldade de vender carros importados, muitos revendedores mudaram de segmento. O Grupo Izzo, por exemplo, que representava entre outras marcas a Mitsubishi, desde o início do ano comercializa exclusivamente motos de alta cilindrada e já prevê aumento de 60% no faturamento de 2007.