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Aeronáutica afasta controladores que exerciam 'liderança negativa'
Do Diário OnLine
22/06/2007 | 21:22
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O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, anunciou nesta sexta-feira o afastamento de 14 controladores de vôo, identificados como "lideranças negativas" que atuam no Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), em Brasília. Esta foi uma das medidas anunciadas pela Aeronáutica para tentar amenizar a crise aérea. 

No início da tarde, o comandante chegou a afirmar que o caos nos aeroportos brasileiros era responsabilidade deste "pequeno grupo" de controladores do Cindacta-1, que "passou a recusar trabalho em equipamentos disponibilizados para a atividade de controle".

O comandante garantiu que a atitude "intransigente" desses militares não será admitida e que todos os "desvios de conduta que venham a ferir ou macular os princípios da hierarquia e disciplina serão tratados de acordo com a lei".

Os controladores de vôo afastados não foram presos, mas respondem a um inquérito militar por participação no motim de 30 de março, que paralisou os aeroportos brasileiros. Agora, o Cindacta-1 será comandado por um sargento da Aeronáutica. 

Além de afastar militares controladores, Saito anunciou outras ações que devem ser tomadas pela Aeronáutica. Entre elas está a prontidão de quatro esquadrões de comunicação e controle para pronto emprego e o reforço com pessoal devidamente preparado e remanejado de várias regiões das equipes responsáveis pelo controle do espaço aéreo Cindacta 1.

Está previsto também a ativação de um centro militar de controle de tráfego aéreo que funcionará como reserva para a garantia do fluxo regular na região sob jurisdição de Brasília; criação de corredores especiais de tráfego nos trechos mais congestionados; e a reformulação e aprimoramento das escalas de serviço dos centros de controle.

Deverão ser criadas ainda rotas especiais para o tráfego aéreo entre as regiões São Paulo, Rio, Nordeste do país e um posto militar de controle de tráfego aéreo utilizando meio da própria FAB, a fim de desafogar o gargalo no tráfego criado no tráfego na região Rio, Brasília, Belo Horizonte e principalmente São Paulo.

Ele reconheceu que essas soluções de curto prazo podem gerar transtornos aos passageiros, mas pediu "a compreensão de todos os brasileiros e brasileiras".




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