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‘Inflação ficará dentro da meta’, diz secretário da Fazenda
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03/02/2008 | 07:19
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Mesmo com a crise internacional, a inflação de 2008 não passará de 4,5%, centro da meta definida pelo governo.

A avaliação foi feita na sexta-feira pelo secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, um dia após a divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária),

O documento foi interpretado pelo mercado como conservador, sinalizando possível alta na Selic (taxa básica de juros). “A inflação vai refluir para algo entre 4% e 4,5%”, disse. Apesar disso, o secretário evitou comentar a necessidade ou não de alta na Selic. “Não comento taxa de juros.”

O secretário avaliou uma desaceleração na alta dos alimentos neste ano, que subiram cerca de 10% em 2007. Para Barbosa, a elevação no grupo deve ficar na casa de 5%, o que contribuirá, por si só, para uma redução da inflação.

Ele ressaltou que, fora os alimentos, o comportamento dos outros grupos do IPCA mostraram uma inflação comportada.

Câmbio - O secretário avalia que o dólar não deve ser um fator de alta nos preços, pois o cenário mais provável seria de uma relativa estabilidade ou alguma valorização do real.

Barbosa reconhece, no entanto, que o câmbio é a maior fonte de incerteza, tanto que trabalha com três cenários. No mais pessimista, a desaceleração econômica dos Estados Unidos seria muito forte, provocaria uma queda nas exportações brasileiras e puxaria o dólar para cima, com repercussões na inflação. “Mas esse não é o cenário mais provável”, ponderou.

Mesmo em cenário de forte piora externa, os efeitos no câmbio ocorreriam mais em 2009, já que para este ano as fontes de financiamento externo do País estão garantidas, impedindo uma disparada do dólar.

Para ele, o governo deve trabalhar para reduzir a volatilidade no câmbio. Isso seria feito mantendo-se a política de compra de reservas e estimulando um crescimento mais forte das exportações.

“Estamos estudando formas de estimular o crescimento mais acelerado das exportações no médio prazo.”

O trabalho vem sendo feito com o BNDES. O principal objetivo é aumentar a participação do Brasil no comércio mundial, que hoje está em torno de 11%.



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