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Pequim nega confinamento de dissidentes em hospícios
Por Da Agência EFE
28/08/2002 | 08:52
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O Governo chinês negou nesta quarta-feira as acusações sobre o confinamento dos dissidentes políticos em centros psiquiátricos feitas pela Associação Mundial de Psiquiatria, informou a imprensa independente.

"As alegações sobre a internação de dissidentes e opositores em instituições mentais são infundadas e extremamente irresponsáveis", assinala o comunicado difundido pelo Ministério chinês de Exteriores. "Os centros psiquiátricos são alvo de um estrito controle por parte das autoridades de saúde e os procedimentos de admissão são tão rigorosos como em qualquer outro país", informa.

O documento não menciona a visita de uma comissão investigadora da Associação Mundial de Psiquiatria, que acusou na segunda-feira a China de "abusar da prática psiquiátrica para silenciar os dissidentes e os descontentes".

No caso de negar, "a China enfrentaria a expulsão do grupo", advertiu Juan López-Ibor, presidente da associação, durante o Congresso Mundial de Psiquiatria que acontece estas dias em Yokohama (Japão).

López-Ibor especificou que a principal preocupação do órgão está "nos quase 500 membros do grupo Falun Gong que estão internados em centros psiquiátricos sem que sequer sejam pacientes".

O ministério chinês de Exteriores replicou que os membros da seita Falun Gong — proscrita desde julho de 1999 por atentar contra a segurança do Estado — estão internados em hospitais psiquiátricos a pedido expresso de seus familiares.

"Os doutores aceitaram sua admissão unicamente depois do diagnóstico de problemas mentais", informa o comunicado da chancelaria, que define a afecção que aflige os membros do Falun Gong como "obsessão psicologicamente daninha".

Segundo denunciam os grupos de direitos humanos, alguns dos internos deste centro foram forçados a ingerir drogas e submetidos a periódicas sessões de eletrochoque.




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