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Paço admite negociar com Sindema depois de pressão

Chefe de Gabinete em Diadema se diz surpreso com cobrança pública do sindicato

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
13/05/2021 | 00:47
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Divulgação


O governo do prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), admitiu negociar com o Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema) depois de o comando da entidade cobrar publicamente a possibilidade de conceder melhorias para o funcionalismo.

Ao Diário, Dheison Renan (PT), chefe de Gabinete do prefeito, assegurou que, se o Sindema provar a possibilidade jurídica de mexer na folha de pagamento, será possível negociar. Recentemente, o governo Filippi propôs reajuste zero no salário da categoria sob o argumento de que a legislação federal em vigência – aprovada por causa da pandemia de Covid-19 – impede a concessão de reajustes salariais para os servidores. Em discurso público na Câmara, porém, o presidente do Sindema, Ritchie Soares, afirmou que há brechas legais para isso, desde que exista “vontade política”. “O governo disse ‘não’ para a gente. Aí perguntamos se dava para fazer uma negociação para 2022. (A Prefeitura respondeu) Que para 2022 também não dá. Questionamos sobre melhorias no vale-alimentação, por causa da inflação dos alimentos, do vale-refeição, e no subsídio do convênio médico. (Responderem que) Também não dá. Resumindo, o governo disse ‘não’ para os trabalhadores”, criticou o sindicalista.

Dheison rebateu. “Muito me estranhou a postura do Ritchie. Eles deveriam nos apresentar onde estão essas brechas, quais municípios (deram reajuste apesar do veto legal). De qualquer forma, todo o restante da pauta foi atendido”, defendeu o secretário. “Temos o obstáculo financeiro, mas (se for colocada sugestão na mesa), abre perspectivas para a gente sentar e fazer as contas juntos. Se tiver brecha jurídica, vamos ver o que pode ser feito. De repente, uma melhoria no vale-alimentação, por exemplo”, disse.

O Sindema volta a se reunir hoje com o governo para tratar do tema. 




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