Setecidades Titulo Violência
Semasa instaura sindicância para
apurar denúncia de agressão a idosa

Caso foi noticiado pelo Diário no domingo; homem que estava com coletores atingiu senhora com soco

Por Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
16/04/2021 | 00:01
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Reprodução


O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) abriu sindicância interna para apurar denúncia de agressão por parte de um funcionário de empresa terceirizada que presta serviço à autarquia, a Peralta, contra a idosa Sonia Maria Moreno Lima, 67 anos, moradora do bairro Valparaíso, no domingo.

Conforme publicado ontem no Diário Oficial, a autarquia tomou conhecimento do caso a partir da reportagem publicada pelo Diário, onde a filha de Sonia, a cabeleireira Vanessa Lima Ferreira, 43, moradora da Vila Alpina, relatou o caso.

O Diário teve acesso ao boletim de ocorrência 82/2021, registrado pela Delegacia do Idoso de Santo André. Segundo Sonia, por volta das 20h30 um caminhão de coleta de lixo quebrou em frente à sua casa e, pouco depois, ouviu “algazarra, com vozes alteradas e consumo de bebida alcoólica”. Incomodada, a idosa foi ao portão solicitar que parassem com o barulho, momento em que um dos funcionários disse que ela deveria “chamar a polícia”. Conforme a ocorrência, “o autor jogou vinho no rosto dela e deu um soco que fraturou o nariz”, além de tentar invadir sua residência. Sonia informou ainda que dois dos homens saíram de prédio em frente à sua casa, sendo um deles o agressor, no entanto, não fica claro se o homem fazia ou não parte da empresa. Além disso, a vítima afirma no depoimento que, segunda-feira, um dia depois de o Diário publicar o caso, um funcionário do Semasa ligou para ela solicitando que fizesse nota ao jornal “eximindo o Semasa de qualquer responsabilidade sobre o incidente”, mas ela se recusou.

Segundo Vanessa, sua mãe “está bem abalada com tudo”. “Ela está bem desgastada, até pelo trâmite de ter de ir à delegacia e ao IML (Instituto Médico-Legal) para fazer os exames periciais”, relatou a filha, contando ainda que a síndica do prédio em frente, cujos dois homens saíram antes da agressão, não concedeu imagens de segurança para a família. No entanto, o boletim de ocorrência aponta que a delegacia solicitará acesso. “A pessoa (síndica) mostrou as imagens, mas não liberou. Somente o delegado terá acesso”, afirmou Vanessa, reforçando que todo o problema foi iniciado por conta do caminhão, que ficou cerca de três horas parado em frente à casa de sua mãe esperando outro veículo de apoio.

Por meio de nota, o Semasa afirmou que “não houve qualquer agressão por parte de coletor, tampouco de qualquer funcionário da empresa terceirizada que presta serviços à autarquia.” A empresa pontua que o procedimento de sindicância foi aberto para apurar os fatos, relatando que o departamento jurídico se colocou à disposição da delegacia para cooperação nas investigações. “O Semasa se solidariza com a vítima e repudia qualquer forma de agressão”, finalizou a nota.

A filha de Sonia, por sua vez, diz que não se sabe quem foi o agressor. “A agressão ocorreu e minha mãe, até quando chegamos no local após o caso, tinha certeza que eram todos da coleta. Isso quem vai constatar é a investigação”, finalizou Vanessa.




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