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RIBEIRÃO E RIO GRANDE: Volpi e Claudinho lideram disputas

Em Ribeirão, ex-prefeito aparece com 43% das intenções; em sua 3ª tentativa, ex-vereador de Rio Grande atinge 39%

Fábio Martins
Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
05/11/2020 | 07:00
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RIBEIRÃO PIRES

Ex-prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PL) surge na liderança isolada do cenário eleitoral pelo Paço. É o que mostra a pesquisa Diário/Ibope a dez dias do pleito municipal. Longe do comando do Executivo desde o fim de 2012, Volpi aparece com 43% das intenções de voto no levantamento estimulado, quando são apresentados os candidatos na briga das urnas. Diferentemente do quadro aparentado de acirramento no âmbito local, o atual chefe do Executivo, Adler Kiko Teixeira (PSDB), tem 25%, fora da margem de erro. O panorama se dá logo na sequência do indeferimento da candidatura do tucano pela Justiça Eleitoral.

São cinco nomes oficializados na disputa sucessória. Marisa da Casas Próprias (SD) está na terceira colocação do páreo majoritário, com 8% das intenções de voto, empatada tecnicamente com o Professor Felipe Magalhães (PT), que apresenta 5%. Em seguida, Carlos Sacomani, o Banana (PSL), possui 2%. Aqueles que declaram intenção de votar em branco ou anular sufrágio atingem 12% e os indecisos somam 4%.

No quesito de intenções de voto espontâneas, sem a apresentação do leque de postulantes ao cargo, Volpi desponta com 35% das menções, bem à frente de Kiko. O ex-chefe do Paço, aliás, tem destaque com mais menções entre os eleitores que consideram negativa a administração do tucano, atingindo 55% das intenções neste perfil. Na busca pelo quarto mandato de prefeito – sendo dois na vizinha Rio Grande da Serra –, Kiko alcança 19%. Marisa consta neste cômputo com 4%, empatada numericamente com o candidato do PT, partido que já governou a cidade. Sacomani chega a 2%. Outros nomes são citados por 1%. Brancos e nulos marcam 19%, enquanto aqueles que não sabem ou preferem não opinar, 16%.

No que tange à rejeição dos concorrentes da corrida, pleiteantes nos quais os eleitores não votariam de jeito nenhum, Kiko encabeça a lista, com 48%. Chefe do Executivo por dois mandatos, Volpi, por sua vez, registra 26%. Marisa é citada por 16% dos entrevistados, que podem mencionar mais de um candidato. Sacomani apresenta 13% no cômputo. Já Felipe Magalhães entra neste aspecto com 10%. Poderia votar em todos atinge somente 1% (resposta espontânea). Não sabem ou preferem não opinar, 14%

A margem de erro máxima estimada é de cinco pontos percentuais. Contratada pelo Diário, a pesquisa ouviu 406 votantes do município, entre domingo e terça-feira, com abordagem presencial. O levantamento está registrado no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) sob o número 7589/2020.

PROBLEMAS
Saúde é a área apontada como principal preocupação dos moradores de Ribeirão para os próximos quatro anos. O setor apresentado possui 65% das menções dos eleitores da cidade. A situação se dá dentro do contexto da pandemia de Covid-19. Outro tópico manifestado na sequência é educação, também afetado diretamente pela crise sanitária. Transporte coletivo, com 27%, geração de emprego, com 24%, e calçamento de ruas, bem como segurança, são registrados por 17% dos munícipes.

RIO GRANDE DA SERRA

Em sua terceira disputa à Prefeitura de Rio Grande da Serra, a primeira fora do PT, Claudinho da Geladeira (Pode) lidera disputa ao Paço, conforme pesquisa Diário/Ibope.

No estrato estimulado (quando é apresentado nome dos candidatos ao eleitor), o ex-vereador aparece com 39%, na liderança disparada na concorrência.

Na segunda colocação está a vice-prefeita Marilza de Oliveira (PSD), candidata do governo do prefeito Gabriel Maranhão (Cidadania). Ela tem 22% das intenções de voto, mas está em empate técnico com o vereador Akira Auriani (PSB), numericamente na terceira posição, com 21% das citações. A margem de erro é de cinco pontos percentuais.

Os ex-prefeitos José Teixeira (PSL) e Ramon Velasquez (PT) surgem com 3% e 2%, respectivamente. Outros 9% avisaram que vão anular ou votar em branco. Não sabem ou não responderam somam 4%.

Rio Grande tem menos de 200 mil eleitores e, portanto, decidirá o prefeito em primeiro turno, no dia 15. Mesmo assim, a pesquisa Diário/Ibope mediu o índice de intenções de voto válido dos candidatos. No quesito, Claudinho atingiu a marca de 44%. Empatados na segunda colocação, Marilza e Akira têm 25%. Zé Teixeira e Ramon encerram a listagem com 4%, cada um.

Os números da pesquisa, que vislumbram vitória da oposição, são reflexos da avaliação que o morador de Rio Grande faz da atuação de Maranhão. Entre os entrevistados, 69% declararam reprovar o mandato do prefeito – somente 26% aprovam a gestão. A estratégia de Marilza é vincular fortemente sua imagem ao do chefe do Executivo.

Prefeito entre 2000 e 2004, Ramon apresenta maior taxa de rejeição entre os pleiteantes, com 35%. Na sequência também aparece outro ex-prefeito, Zé Teixeira (mandato de 1993 a 1996), com 30%. Marilza registrou 26%. Claudinho, 20%. Akira Auriani é o candidato com menor taxa de rejeição: 15%.

A pesquisa, contratada pelo Diário, ouviu 406 pessoas, de maneira presencial, entre domingo e terça-feira. O nível de confiança da pesquisa é de 95% e está registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) com o número SP-05569/2020.

PROBLEMAS
Para os moradores de Rio Grande da Serra, a saúde é o principal problema na gestão de Maranhão. A preocupação com o setor foi levantada por 73% dos entrevistados.

A cidade dispõe de oito UBSs (Unidades Básicas de Saúde), mas sofreu com falta de médicos nos últimos anos, ainda mais após ficar fora do Programa Mais Médicos, que mantinha 11 profissionais em Rio Grande. Em 2019, em uma das UBSs do município, a da Vila Conde, moradores aguardaram até seis meses para reposição de médico para atuar no equipamento de saúde.

Segundo problema mais citado pelos moradores, a educação foi apontada por 30% dos participantes da pesquisa. Transporte coletivo (26%), geração de empregos (25%), segurança pública (22%), limpeza pública (17%), impostos e taxas (15%), calçamento de ruas e avenidas (14%) e rede de esgoto (12%) também tiveram destaque entre as áreas problemáticas para a população. 




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