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Governo quer financiar caminhoneiro
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
06/06/2009 | 07:00
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O governo federal estuda a criação de um programa de financiamento para facilitar a aquisição de caminhões por motoristas autônomos, como forma de estimular a expansão das vendas desses veículos. Foi o que informou ontem, em evento em São Bernardo, o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.

Ele lembrou que iniciativa semelhante, o Procaminhoneiro, foi implementada há três anos, mas com resultado considerado ‘pífio'. Um dos problemas era a questão da garantia - no caso, o próprio veículo. Decisões da Justiça que impediam a penhora desse "meio de trabalho" por inadimplência desestimularam a concessão da linha do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), pelos agentes financeiros.

Uma das ideias em análise agora é fixar um "seguro contra lucros cessantes". Com isso, se o autônomo, por algum problema (um acidente, por exemplo), interromper o pagamento das prestações por um período, não terá seu caminhão retomado pelo banco.

A intenção é saudada pelo presidente da Fenabrave (Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores), Sérgio Reze. "Toda atitude no sentido de fazer com que o setor se movimente é bem vinda", afirmou.

O estímulo à comercialização de veículos de carga é importante para a economia do Grande ABC, já que as montadoras da região concentram 55% da produção nacional.

No entanto, o dirigente salienta que um dos pontos de dificuldade é a falta de frete, devido ao desaquecimento da economia. Esse é um dos fatores da forte retração nas vendas de caminhões novos - de 19,2% de janeiro a maio frente a igual período de 2008.

REGIONAL - A reativação desse segmento será um dos focos de preocupação do novo GT (Grupo de Trabalho) Automotivo do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC (instituição que reúne as sete prefeituras), constituído ontem.

O GT foi criado para formular propostas de soluções para contornar os efeitos da crise global sobre a indústria. Conta com a participação das prefeituras, da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), do Sindipeças (Sindicato Nacional das Indústrias de Peças e Componentes Automotivos) e de sindicatos dos metalúrgicos.

EXPORTAÇÕES - Outra preocupação são as exportações de caminhões em queda (de 67,4% neste ano). O Grande ABC representa 61% do total de veículos de carga exportados.

O prefeito Luiz Marinho, que é o coordenador do GT, afirmou que há planos de buscar relações comerciais com mais países, além dos mercados já tradicionais. Ainda neste mês a Prefeitura deverá receberá membros do governo iraquiano, interessados em conhecer fabricantes locais.

O ministro Miguel Jorge afirmou que contará, nas próximas missões empresariais organizadas pelo governo, com a presença de executivos das indústrias da região.




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