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Busca por notícia sobre pandemia faz dobrar visitas ao site do Diário

Mais de 3 milhões de páginas foram visualizadas em www.dgabc.com.br de 18 de maio a 17 de junho

Por Wilson Moço
02/08/2020 | 00:59
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DGABC


O site do Diário, que pode ser acessado gratuitamente, teve 3.292.739 páginas visualizadas no período compreendido entre 18 de maio a 17 de junho. O recorde representa crescimento de 113,6% na audiência quando comparado a intervalo idêntico de 30 dias registrado antes que a OMS (Organização Mundial de Saúde) decretasse estado de pandemia para o novo coronavírus – de 18 de fevereiro a 17 de março, foram 1.541.563 visualizações de páginas. Os dados são do Google Analytics.

Avaliação interna do jornal atribui o aumento da audiência à cobertura especial sobre os impactos causados pelo novo coronavírus na vida do cidadão aliada à decisão da superintendência de disponibilizar gratuitamente 100% do conteúdo do site www.dgabc.com.br. Devido à pandemia, o Diário também passou a abastecer com mais frequência as suas redes sociais, como Facebook e Instagram.

“No momento em que informação de qualidade, apurada com precisão e checada com rigor, pode representar a diferença entre a vida e a morte, o nosso compromisso com a sociedade nos obriga a derrubar toda barreira que pode dificultar o acesso às notícias. Daí a nossa decisão de abrir todo o conteúdo digital”, explica o diretor superintendente do jornal, Ronan Maria Pinto.

O acesso gratuito foi disponibilizado em duas etapas. Em 16 de março, cinco dias após a OMS alegar que não havia mais como conter a disseminação do novo coronavírus, classificando-a como pandemia, o Diário liberou a leitura de todas as reportagens que abordassem o micro-organismo e a doença por ele causada. No dia 18, estendeu a medida para 100% do conteúdo.

A resposta foi imediata. Na quinzena que se seguiu à decisão, ainda de acordo com o Google Analytics, ferramenta que mede o tráfego de usuários nos sites, a versão on-line do Diário atingiu a marca de 1.584.899 visualizações de páginas, aumento de 73,96% em relação à quinzena anterior, de 911.046. No mesmo período, o número de leitores saltou de 230.577 a 464.116, crescimento de 101,28%. Já o de novos leitores passou de 177.023 para 357.395, expansão de 101,84%.

COBERTURA ESPECIAL

Desde o surgimento dos três primeiros casos do novo coronavírus no Grande ABC, dois deles em São Bernardo e o outro em São Caetano, em 15 de março, os jornalistas foram redirecionados para melhorar a agilidade na divulgação das informações. “Passamos a priorizar a atualização do site, canalizando as informações que chegavam para a versão on-line, deixando para cuidar do jornal impresso em um segundo momento”, diz Evaldo Novelini, diretor de Redação.

A atualização do www.dgabc.com.br é feita 24 horas, sempre que haja alguma informação relevante a ser divulgada. Repórteres e editores que atuavam nas seções de Esportes, Cultura&Lazer, Automóveis e Turismo, cujas atividades foram drasticamente impactadas por causa das restrições impostas pelas autoridades sanitárias, foram realocados para atuar em Economia e Setecidades, que passaram a ter páginas extras na edição de papel – o noticiário esportivo foi retomado em 1º de julho, para acompanhar a volta do Campeonato Paulista.

TRADIÇÃO

A cobertura especial sobre o novo coronavírus, entretanto, não prejudicou a cobertura do noticiário tradicional. O jornal continuou atento aos cenários econômico e político do Grande ABC, divulgando com exclusividade, por exemplo, a denúncia do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), feita pelo MPF (Ministério Público Federal) à Justiça no âmbito da Operação Prato Feito. O tucano e outras 12 pessoas são acusadas de peculato (desvio de recursos públicos), crime contra a administração, corrupção, fraude de licitação e organização criminosa – todos negam.

Interesse de leitor extrapola novo coronavírus

Notícias relacionadas ao novo coronavírus ocupam sete das dez primeiras posições no ranking das mais lidas em www.dgabc.com.br desde 18 de março, data em que o jornal liberou o acesso gratuito a todo o conteúdo. A reportagem mais acessada do período, todavia, não tem nada a ver com a pandemia. O texto aborda os controversos sons vindos do céu que parte da população do Grande ABC garante ouvir durante as noites.

Assinada pela repórter Bia Moço, a notícia de 22 de maio trazia relatos de moradores do Grande ABC que se diziam intrigados com barulhos ouvidos no céu, semelhantes aos provocados por turbinas de avião. Morador da Vila Linda, em Santo André, o desempregado Bruno Bomfim, 32 anos, classificou o fenômeno de “bem sinistro”. O astrônomo Marcos Pedroso tranquilizou o pessoal, dizendo que os sons são “respostas comuns da atmosfera” – mais audíveis no silêncio da pandemia.

Segunda notícia mais lida do período também fala de assunto diverso da pandemia. Publicada em 21 de junho, a reportagem ‘Supermercado em área verde gera suspeitas em São Bernardo’ revelava a venda de terreno público no Centro, que deveria ser transformado em parque pela Prefeitura, para rede varejista construir loja.

A quinta notícia mais lida da pandemia, veiculada em 27 de junho, é exatamente sobre protesto que moradores de São Bernardo fariam contra o projeto de construção do supermercado no terreno onde estava previsto o parque. Todas as outras sete do ranking das dez mais acessadas do site do Diário são relacionadas à pandemia.

Entre essas, a mais lida, que ocupa a terceira posição geral, menciona o registro do primeiro óbito causado pelo coronavírus no Grande ABC. Paciente de 68 anos, que tinha histórico de hipertensão, morreu na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) Sacadura Cabral, em Santo André, em 18 de março, mas os resultados que confirmaram a causa só saíram sete dias depois, conforme revelou o prefeito Paulo Serra (PSDB). Escrita pelo repórter Vinícius Castelli, a reportagem entrou no ar às 13h17 de 25 de março.

Completam a lista das notícias mais lidas as reportagens ‘Diadema vai iniciar na quinta a reabertura do comércio’, ‘São Bernardo é a segunda cidade menos vulnerável à Covid no País’, ‘Santo André obriga uso de máscaras para todos a partir do dia 11 de maio’, ‘Santo André e São Bernardo barram retorno das aulas presenciais no dia 8 de setembro’, ‘São Bernardo deixa ao menos 950 cestas básicas perderem validade’ e ‘Grande ABC está fora da primeira fase de flexibilização da quarentena’.

Jornal vai manter acesso gratuito ao menos até fim da quarentena

Cem por cento do conteúdo digital produzido pelo Diário estão disponíveis gratuitamente aos leitores – e vai continuar assim até que o novo coronavírus for o assunto principal dos moradores do Grande ABC. Desde 16 de março, o jornal não cobra para dar acesso a notícias sobre os impactos da disseminação do micro-organismo, mas dois dias depois, em 18 de março, ampliou a medida para todas as editorias. A direção tomou a decisão por acreditar que informação de qualidade, em tempos de fake news, ajuda a salvar vidas.

“Enquanto o coronavírus for ameaça à saúde pública, o jornal vai disponibilizar gratuitamente todo o seu conteúdo, inclusive aqueles que nada têm a ver com a pandemia”, diz o diretor de Redação, Evaldo Novelini. “Informação é necessidade básica e não vamos nos furtar de fazer a nossa parte”, completa.

A decisão do jornal de abrir o conteúdo, primeiro as notícias relacionadas ao coronavírus e desde o dia 18 para 100% das informações, é sustentada por estatísticas do Ministério da Saúde, que tem se preocupado com a quantidade de desinformação sobre a doença causada pelo micro-organismo em circulação nos meios de comunicação digitais. Estudo realizado pelo órgão analisou 8.000 mensagens sobre a Covid-19 distribuídas nas redes sociais e detectou que 85% delas eram fake news.

Pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha em 28 de março demonstrou que informações produzidas por empresas de comunicação tradicionais – como o Diário, que em 11 de maio comemorou 62 anos de existência – são as fontes mais confiáveis para os brasileiros. O levantamento, que ouviu 1.558 pessoas e tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos, apontou os jornais impressos com 56% de credibilidade – o meio só perde para os programas jornalísticos da TV, que obtiveram índice de 61%.

Por outro lado, a pesquisa Datafolha apontou que as redes sociais têm menor credibilidade. Em alguns casos, mais da metade dos usuários desconfiam das informações que recebem. O índice de leitores dessas plataformas que dizem não confiar nas informações que acessam chega a 58% no caso do WhatsApp e 50% no do Facebook. 




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