Os arranjos, ora ácidos e psicodélicos, ora delicados, ilustram 'Delicada Euforia' (Independente, R$ 15 em média), álbum de estreia da cantora e compositora paulistana Danielle Cavallon. O disco pode ser comprado em seu site oficial na internet (www.daniellecavallon.com.br/CF).

Sua vida artística começou no teatro, ainda aos 13 anos. Agora, aos 35, ela consegue - após passar cinco anos amadurecendo a ideia e pensando como faria o projeto - colocar sua voz em disco para quem quiser ouvir.

Fã de Secos e Molhados e Novos Baianos, Danielle divide a emoção de 'Delicada Euforia' com o prazer de ser mãe - sua filha nasceu há seis meses.

A compositora conta que as canções são reflexões de sua vida. "As letras são experiências que vivi. Fala de uma fase de mudança, de questionamento e amadurecimento. Todas as músicas são muito extremas. No primeiro trabalho é a hora de encontrar a cara que você quer mostrar", conta.

A influência roqueira, escancarada no álbum, misturada aos toques deliciosos de MPB, proporciona bom resultado. A obra é ilustrada por 12 composições, entre autorais, de outros compositores e algumas releituras.

Destaque para 'Ela', 'Vermelho' (essa recheada por deliciosos arranjos) e 'Nada Que Te Diz Respeito'.
Fazendo tudo de forma independente, Danielle afirma que a maior dificuldade é prensar um disco. A artista diz também que todo o processo é ‘trabalho de formiguinha'. "Demorou, mas ficou do jeito que eu queria. Esperei tanto tempo para realizá-lo, então quis fazer da melhor forma possível", revela.