Cultura & Lazer Titulo
Municipal de S.Paulo abre ano Mozart com 'As Bodas de Fígaro'
Por Gislaine Gutierre
Do Diário do Grande ABC
11/02/2006 | 08:59
Compartilhar notícia


O Theatro Municipal de São Paulo inicia seu ano Mozart com uma das óperas mais aclamadas do compositor austríaco. É As Bodas de Fígaro, que volta à casa com basicamente a mesma montagem de 2002, dirigida por José Possi Neto. As poucas diferenças aparecem no elenco e na regência: quem agora assume o comando da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo é José Maria Florêncio (brasileiro radicado na Polônia), no lugar de Ira Levin. Serão cinco récitas e para todas ainda havia ingressos na tarde de sexta-feira. Os melhores setores, porém, já estavam esgotados em quase todos os dias. Os preços variam de R$ 20 a R$ 40, mas, na segunda-feira (dia 13), custarão de R$ 10 a R$ 20.

As Bodas de Fígaro foi a primeira ópera que Mozart fez com o libretista Lorenzo Da Ponte – o mesmo com o qual criou Don Giovanni e de Così Fan Tutte. Trata-se de um espetáculo cômico. Em uma intrincada rede de acontecimentos, estão envolvidos basicamente a criada Susana (Rosana Lamosa) e seu marido Fígaro (Paulo Szot); os patrões, Condessa (Claudia Riccitelli) e Conde (Stephen Bronk); o advogado Bartolo (Carlos Eduardo Marco) e o Cherubino (Denise de Freitas).

Fígaro e Susana estão prestes a se casar. Mas antes que o façam, terão de resolver alguns problemas. O principal é o assédio do Conde a Susana e o outro, a chantagem que Doutor Bartolo faz a Fígaro, obrigando-o a casar com Marcelina caso não pague suas dívidas. Nesse jogo, entram também o Cherubino, que depois de flagrado no quarto de Susana é obrigado a ingressar no regimento do Conde, e a Condessa, que lamenta por não mais viver os áureos tempos de vida conjugal com o marido. No fim há uma alegre reconciliação.

Paulo Szot e Rosana Lamosa fazem par romântico novamente. Szot, de Ribeirão Pires, fez o mesmo papel no Metropolitan Opera, em novembro de 2004; pouco depois, apareceu na pele do Conde Almaviva no New York City Opera. O barítono diz que o grande desafio do personagem é o tamanho. "É um papel enorme. A ópera tem quatro horas de duração. É um trabalho de resistência vocal mesmo. Talvez seja um dos maiores para esse tipo de repertório", diz.

Por conta do ano Mozart, Szot terá agenda cheia. Participará das montagens de Così Fan Tutte em Marselha e Nice (França); de Don Giovanni, em Toulon e Bordeaux (França) e Bogotá (Colômbia). Talvez faça o Papageno, d'A Flauta Mágica, em Porto Alegre. No Rio, cantará na Missa em Dó Menor. Fora isso, atuará em Maria Golovin, em Marselha e em Elixir do Amor, no New York City Opera.

As Bodas de Fígaro – Ópera. Com a Sinfônica Municipal, Coral Lírico e solistas. Regência de José Maria Florêncio (orquestra) e Mário Záccaro (coral). Neste sábado, segunda (13), quarta (15) e sexta (17), às 20h30; domingo (19), às 17h. No Municipal de S.Paulo – praça Ramos de Azevedo, s/nº. Tel.: 3222-8698. Vendas por tel. (6846-6000) ou pelo site www.ticketmaster.com.br. Ingr.: R$ 20 a R$ 40, com exceção de segunda (13), cujos bilhetes custam de R$ 10 a R$ 20.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;