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Semáforo amigo

Movimentar-se na região metropolitana de São Paulo é tarefa complicada. Com mais de 1 milhão de veículos, o trânsito no Grande ABC

Cristina Baddini
26/02/2010 | 00:00
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Movimentar-se na região metropolitana de São Paulo é tarefa complicada. Com mais de 1 milhão de veículos, o trânsito no Grande ABC sempre trava. Como as cidades têm uma malha de vias entrelaçadas, a eficiência operacional da rede viária depende do potencial de conflitos das interseções. Os semáforos têm como objetivo acabar com os conflitos nos cruzamentos e proporcionar segurança na travessia dos pedestres.
Ele foi criado em Londres, em 1868, com apenas duas cores: vermelho e verde. Hoje, estão presentes em ruas e avenidas do mundo todo quando o fluxo é intenso. Só no Brasil existem mais de 30 mil interseções semaforizadas nas cidades com mais de 60 mil habitantes.

Funcionando 24 horas
E não podem ser apagados em nenhum dia do ano. Mas, se por qualquer motivo há interrupção dos semáforos, as cidades se transformam num caos. Os equipamentos mais antigos têm seu funcionamento isolado, independente dos outros próximos e funcionam com tempos fixos durante todo o dia. Hoje em dia, os semáforos coordenados trabalham conjuntamente com outros (das proximidades) e a programação pode ser determinada na hora e até coordenada por centrais de controle, diminuindo congestionamentos e o tempo de espera em semáforos.
Especial atenção deve ser dada ao pedestre durante as fases do semáforo. Quem já não esteve caminhando e ficou vários minutos esperando o tempo do semáforo e desistiu de esperar. Tempos mal dimensionados levam ao desrespeito e à insegurança.
No Grande ABC, o ideal seria uma central única de controle eletrônico de trânsito para as sete cidades, onde até seria possível priorizar os ônibus sobre os carros particulares e liberar vias congestionadas a cada momento, além de contar com uma grande variedade de equipamentos de fiscalização, de controle de velocidade e de avanço de sinal acoplados aos semáforos, beneficiando os pedestres.

Semáforos solares
O uso de lâmpadas LEDs no lugar das incandescentes já está sendo adotado em diversas cidades do mundo - inclusive brasileiras - pois diminui bastante o uso da eletricidade (as lâmpadas incandescentes consomem 100 watts, enquanto as LEDs, de 15 a 20 watts).
A grande novidade, no entanto, está em San Isidro, na Argentina, onde as lâmpadas dos sinais de trânsito também foram trocadas por LEDs, mas, ao invés de serem abastecidas por energia elétrica, são alimentadas por painéis solares. Além de cortar os gastos energéticos em 90%, se comparados aos faróis convencionais, os semáforos solares são 100% ecológicos e podem operar quando temos interrupção de energia com chuvas ou apagão. Monitorados via satélite, eles funcionam a partir do sistema wireless de internet, o que permite que os técnicos do trânsito alterem, a qualquer momento, o tempo de cada equipamento, de acordo com o fluxo do tráfego.
É uma tecnologia aprovada e muito confiável. Uma vez abastecidas as baterias, o sistema pode ficar operante por até cinco dias sem precisar de recarga. Não é necessário haver sol o tempo todo como muitos imaginam. A ideia ainda não chegou ao Brasil, mas a gente não vê a hora disso acontecer.




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