Diante da falta de acordo, funcionários das casas lotéricas do Grande ABC esperam decisão dos demais sindicatos da categoria do Estado para iniciar manifestações unificadas. Isso porque no último encontro não houve avanços em relação às cláusulas que compõem a campanha deste ano.

A classe patronal insiste em reajuste salarial de 6,30% (enquanto que a categoria pede 10%) e no aumento do piso salarial de 7,31%, passando de R$ 580 para R$ 622,39. "Nossa reivindicação é que a remuneração básica seja de R$ 1.000. A proposta dos empresários está aquém do que pedimos", diz o presidente do Seaac (Sindicato de Empregados de Agentes Autônomos do Comércio de Santo André e Região), Vagney Borges de Castro.

Quanto ao vale-refeição, os patrões ofereceram R$ 9,10 por dia (atuais R$ 8,50). Os trabalhadores pedem R$ 18 por dia. "Não temos nenhuma reunião agendada. Vamos esperar os sindicatos das demais cidades para definirmos os próximos passos", enfatiza Castro.

Padeiros - As negociações referentes à campanha salarial dos padeiros da região estão próximas do fim. O encontro entre empresários e trabalhadores nesta semana avançou e outro encontro deve ser agendado entre segunda e terça-feira. "Nosso objetivo é fechar proposta para levarmos à assembleia. Não podemos esquecer que nossa data-base é em 1º de junho", lembra o vice-presidente da regional do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, Pedro Pereira de Sousa.

O dirigente não revela propostas que já foram feitas para não atrapalhar as negociações, mas garante que qualquer acordo firmado deve ser votado pela classe trabalhadora.

A categoria - formada por 15 mil funcionários entre as sete cidades - pleiteia reajuste salarial de 10% (somando reposição da inflação, mais aumento real) e piso salarial de R$ 1.314 (hoje, em R$ 751,91 nas empresas com até 60 funcionários e de R$ 813,75, para as indústrias com quadro de trabalhadores superior).