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Fralda lidera a queda de preços em julho na Grande São Paulo
Por Hugo Cilo
Do Diário do Grande ABC
09/08/2005 | 08:42
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A fralda é o produto campeão de queda de preços no ranking dos dez produtos que ficaram mais baratos na Grande São Paulo em julho - retração de 15,01% em comparação a junho. Caíram também os preços das macas hospitalares (-11,61%), filtros de ar (-8,31%), aparelhos de som (-7,28%), frutas (-5,74%), camisetas infantis (-5,16%), absorventes higiênicos (-4,71%), roupas de cama (-3,88%), camisetas e blusas femininas (-3,62).

Os números são resultado do IPV (Índice de Preços no Varejo), da Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), que atribui a considerável retração de preços à trajetória de queda do dólar e à manutenção das taxas de juros em índices elevados. "No caso das fraldas, o resultado reflete principalmente da redução de preços dos importados, que respondem por 45% do mercado, causado pela desvalorização da moeda americana. As marcas nacionais foram obrigadas a acompanhar a queda", avalia Rubens Fonseca, consultor técnico da Fecomercio.

A engenheira civil Érica Riera Lima, de São Bernardo, confirma a queda de preço das fraldas na região. Segundo ela, o pacote grande da marca Pampers - com 70 unidades - caiu de cerca de R$ 35, em junho, para os atuais R$ 28. "Como gasto hoje dois pacotes por mês, devo economizar uns R$ 15. Mas a economia deve ser ainda maior para quem compra pacotes pequenos de fralda, que proporcionalmente são mais caros que os pacotões que compro", diz Érica. "Mesmo assim, fraldas continuam a ser produtos muito caros. A queda no preço ajudou, mas imagina quem compra três pacotes por mês... o gasto ultrapassa R$ 100", acrescenta.

A dona de casa Camila Herrera, de Santo André, também comemora a redução dos preços das fraldas. "Vai aliviar o orçamento de casa. Mesmo que seja pouco em termos de dinheiro, a queda nos preços coloca a fralda em um preço mais justo. Para que vive economizando, é um resultado muito bom", diz Camila.

Segundo Daniel Redivo, gerente do Mercadinho do Bebê, em Santo André, a queda de preços das fraldas vem em boa hora, já que acompanha o aumento natural do consumo do produto no inverno. "As vendas durante o frio crescem até 20%, normalmente. Com a queda nos preços, que em nossa loja está em cerca de 5%, entre as 20 marcas que comercializamos, o índice deve ser ainda maior", afirma.

Altas - No outro extremo da pesquisa, entre as maiores altas no período, aparecem os materiais de construção - que registravam quedas consecutivas desde janeiro, em decorrência da retração do consumo. Agora, com a recuperação do setor, os preços voltaram a subir.

No segmento, cimento branco e armagassa encareceram 11,61% em julho, acompanhados de perto por pisos (11,19%), vasos sanitários (9,87%), chuveiros e duchas (9,23%), azulejos (8,66%) e louças sanitárias (7,63%). Entre as maiores no grupo das dez maiores altas, fora do setor de construção, também estão agasalho infantil (9,13%), cueca (8,45%), agasalho masculino (7,99%) e lanternas e faróis (7,76%).




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