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Até aliado de Lauro critica taxa irregular
Por Raphael Rocha
13/02/2019 | 07:00
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A obrigatoriedade da taxa de sinistro para custear o Corpo de Bombeiros em Diadema segue como um dos assuntos mais comentados no governo do prefeito Lauro Michels (PV). Embora o chefe do Executivo defenda o tributo – considerado inconstitucional pelo STF (Supremo Tribunal Federal), diga-se –, há figuras aliadas que questionam a cobrança. Uma delas foi o vereador Rodrigo Capel (PV). Correligionário do prefeito, ele utilizou a tribuna para criticar os valores do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de Diadema e considerou que a obrigatoriedade da taxa é irregular. As declarações teriam irritado Lauro, que chegou a pedir que os cargos de Rodrigo dentro da administração fossem desligados. Recuou na sequência, mas fez questão de levar a Rodrigo que não gostou da postura do verde.

BASTIDORES

Temor
Além do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), outro nome da política local ficou preocupado com o tom adotado pelo vereador Rodrigo Capel (PV) com relação à taxa de sinistro para manter o Corpo de Bombeiros na cidade: Milton Capel (PV), pai de Rodrigo. O ex-parlamentar confidenciou que temeu pelo cargo da filha, Tatiana Capel, atual secretária de Meio Ambiente, tamanho foi o volume de críticas disparado por Lauro sobre Rodrigo. Aliás, a taxa de sinistro é tema de reunião entre Lauro e os vereadores hoje, no Paço.

In loco
Ex-secretário de Obras de Mauá, Júnior Orosco (PDT) viaja nesta semana para Brasília com o objetivo de acompanhar, in loco, o andamento do recurso que moveu contra a decisão da Justiça Eleitoral de impugnar sua candidatura a deputado federal. O pedetista obteve cerca de 30 mil votos e, em suas contas, a validação desses sufrágios faz dele o nono deputado do Grande ABC. Na semana passada, ele acusou publicamente o deputado federal Orlando Silva (PCdoB) e o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de manobrarem nos bastidores para impedir sua posse.

Pitacos
Chamou atenção a postura do ex-vereador Donizeti Pereira (PV), articulador do governo Paulo Serra (PSDB) na Câmara de Santo André. Enquanto o vereador Sargento Lobo (SD) usava o microfone para defender a instalação da CPI do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental), o presidente da Casa, Pedrinho Botaro (PSDB), advertiu o colega dizendo que aquele não era o momento adequado para se tratar do tema, pois o regimento não abria brecha. Lobo continuou falando. Donizeti, então, aproximou-se da mesa e cobrou do tucano postura para que o discurso fosse interrompido.

Sem mordomias
Deputado federal pelo Novo da Capital, mas com raízes no Grande ABC, Vinicius Poit formalizou renúncia ao plano de seguridade social oferecido a parlamentares, ao auxílio-moradia e ao auxílio-mudança. “Milhões de brasileiros não contam nem com esgoto em suas casas, por isso acho que não tem cabimento esse tanto de mordomias pagas aos parlamentares com dinheiro público. Se o meu eleitor não tem, eu também não tenho”, afirmou. A bancada de federais da região, formada por Vicentinho (PT) e Alex Manente (PPS), recebeu o auxílio-mudança, mas não declarou se vai devolver o dinheiro.

Acordo
Em Diadema, a bancada do PT optou por compor com vereadores aliados ao prefeito Lauro Michels (PV) depois de ter sido alijada de bloco formado por PRB e PR. Com o acordo, obteve espaço importante em uma das duas comissões mais relevantes na Casa. No grupo de justiça e redação, Orlando Vitoriano (PT) estará ao lado de Rodrigo Capel (PV) e Salek Almeida (DEM). Já no de finanças e orçamento, Célio Boi (PSB) terá a companhia de Companheiro Sérgio (PPS) e Márcio Júnior (PV). Petistas estão na comissão de meio ambiente e obras (Ronaldo Lacerda) e políticas afirmativas (Josa Queiroz).

Líder de governo
O vereador Fábio Lopes (PPS) foi oficializado como líder do governo de Paulo Serra (PSDB) na Câmara de Santo André. Ele substitui Pedrinho Botaro (PSDB), que exerceu a função na primeira metade do mandato e que, agora, é presidente do Legislativo. Nos anos de 2017 e 2018, o popular-socialista era o vice-líder do governo, assumindo o posto nas ausências de Pedrinho. Além da liderança, Fábio Lopes é presidente da comissão de ética da Casa. 




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