A Ouvidoria das polícias de São Paulo investiga a atuação de grupos de extermínio durante a onda de violência deflagrada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado, que teriam se aproveitado dos atentados que deixaram a cidade em pânico. Pelo menos 12 mortes da semana passada não foram assumidas pelos policiais e até agora não se sabe quem são os criminosos.

Além disso, 40 casos de mortes de civis em confronto com a polícia durante a onda de ataques foram colocados sob suspeita pela Ouvidoria. Essas denúncias foram encaminhadas às corregedorias das polícias Militar e Civil, que terão 45 dias para apurar as queixas e encaminhar um relatório ao Ministério Público Estadual.

Na segunda-feira, o MP de São Paulo deu um prazo de 72 horas para que o governo divulgue a lista dos mortos entre os dias 12 e 19 deste mês durante a repressão à onda de violência comandada pela facção criminosa. O MP também exige a apresentação de boletim de ocorrência e laudo do IML (Intituto Médico Legal).

Nesta terça, a Secretaria de Segurança Pública informou que o total de suspeitos mortos nos confrontos com a polícia paulista caiu de 109 para 79. Outras 31 mortes registradas no período não estão ligadas ao PCC.