Cerca de 2.000 trabalhadores da construção civil de São Caetano prometem entrar em greve na segunda-feira. A categoria protesta contra os baixos salários e reivindica reajuste de 10%, além de melhoria nas condições de trabalho.
Segundo o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores nas Indústrias e Mobiliário "Soliedariedade", que representa São Caetano, trabalhadores de Diadema e São Bernardo também prometeram paralisaras atividades.
"Não é justo que a categoria não tenha condições dignas de trabalho. Em São Caetano, a construção de prédios de luxo em tempo recorde pressiona os trabalhadores, que ganham pouco e muitas vezes acabam sofrendo acidentes de trabalho", explicou Francisco José de Souza Ribeiro, o Chicão, assessor da diretoria do sindicato.
Na última semana, o Sinduscon- SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) propôs aumento de 7,75%. Caso seja aceito, o piso salarial da categoria, para trabalhadores qualificados - como marceneiros - seria de R$ 917,40 e para trabalhadores não qualificados - como ajudante geral - de R$ 767,80.
"Mas o sindicato patronal está contando vantagem e dizendo que nós já aceitamos a proposta, o que não é verdade. Esse também é um dos motivos da greve", destacou Chicão. Procurado pela reportagem, o Sinduscon não se manifestou sobre o assunto.
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