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Movimentação é tranquila em UBSs

Primeiro dia pós-fechamento de unidades transcorreu normalmente; reclamação foi a falta de informação

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
02/08/2017 | 07:00
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Nario Barbosa


 O primeiro dia após o fechamento de sete unidades de Saúde, em Santo André, para obras de modernização transcorreu normalmente, sem tumulto, apesar de ao menos 1.820 pacientes terem sido encaminhados a outros equipamentos – o que gerou, inicialmente, preocupação de possível sobrecarga na rede. O prefeito Paulo Serra (PSDB) afirmou que o transtorno é necessário para “bem maior”.

“Quando a gente quer fazer uma grande mudança, propor um projeto diferente, como nunca foi feito na Saúde da cidade, é claro que tem algum desconforto para o usuário. Mas não se faz omelete sem quebrar ovo. Em todas as unidades que estão sendo reformadas têm duas pessoas informando para onde as pessoas devem ir. Estamos oferecendo toda a assistência para que esse desconforto seja minimizado”, declarou o chefe do Executivo, após reunião mensal dos prefeitos no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC.

A equipe de reportagem do Diário percorreu ontem cinco dos 12 locais para os quais as pessoas foram encaminhadas. A movimentação foi tranquila em todas elas. Algumas pessoas, porém, reclamaram de falta de informação, pois alegaram não ter ficado sabendo do fechamento das unidades antecipadamente. A Prefeitura informou que o contato com os pacientes começou a ser feito na semana passada e continua sendo realizado, além de aviso nas redes sociais da administração, meios de comunicação e placas fixadas nas unidades interditadas. Mas o próprio prefeito admitiu que a Secretaria de Saúde não conseguiu contato prévio com ao menos 3% das pessoas.

A estudante Kathlen Araújo, 16 anos, foi pegar insumos na US (Unidade de Saúde) Parque Novo Oratório quando se deparou com o anúncio sobre o fechamento. “Não teve nenhum telefonema avisando”, falou ela, que se dirigiu à unidade Santo Alberto para a retirada dos materiais.

A professora Giovana Rosa da Silva Perez, 34, que levava à filha a consulta na US Centreville (que atenderá pacientes da unidade Vila Humaitá), contou que o marido tinha horário marcado ontem no Centro de Especialidades III, mas foi surpreendido ao encontrar o local com as portas fechadas. “Não avisaram nada. A gente fica cada vez mais preocupada com a situação da Saúde.”

A dona de casa Maria Aparecida Rodrigues, 58, que, quando necessita, utiliza a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) Jardim Santo André, também não estava sabendo do fechamento temporário do equipamento. Com dores no joelho, ela foi ao PA (Pronto-Atendimento) da Vila Luzita. “Se vier todo mundo para cá vai ficar ruim.”

As unidades dos bairros Jardim Santo André, Vila Humaitá, Parque Novo Oratório, Campestre, Bom Pastor, Parque das Nações e Vila Vitória (Centro de Especialidades III) somente serão reabertas com a fim das reformas – cujos prazos de entrega são entre o segundo semestre de 2018 e início de 2019. O valor das intervenções é estimado em R$ 1 milhão.

Ontem, na primeira sessão legislativa após recesso parlamentar, vereadores de oposição protestaram contra a ação do governo. “Não somos contrários à reforma, especialmente na Saúde, mas ela foi feita de maneira desorganizada. É um descaso com a população”, disse Willians Bezerra (PT). Outra petista, Bete Siraque lamentou a falta de informação ao público.

 




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