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Lula deixa crise de lado durante lançamento de projeto para esporte
Por Arthur Lopez
Do Diário do Grande ABC
20/08/2005 | 07:57
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A agenda positiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva funcionou novamente nesta sexta-feira para deixar o primeiro nome do governo federal longe da crise que já chegou ao Ministério da Fazenda. Durante o lançamento da Política Nacional de Esporte, no Clube Pinheiros, em São Paulo, o presidente só ouviu elogios e, em seu discurso, não fez nenhuma menção ao momento político atual.

Apesar de descartar o discurso preparado e falar de improviso, Lula começou demonstrando cansaço, mas conseguiu arrancar momentos de aplausos da platéia composta por cerca de mil pessoas, a grande maioria atletas do clube. O presidente ressaltou a importância de organizar o setor e assim atrair para o Brasil importantes competições internacionais, como a Copa do Mundo.

Lula voltou a fazer um apelo ao emocional, repetindo que é preciso administrar com razão e também com emoção. "É preciso colocar o coração", concluiu o mandatário. Aproveitou para criticar as gestões anteriores. "O esporte nunca foi levado a sério no Brasil. Não somos apenas o país do samba e do futebol", afirmou Lula, que ainda devolveu os elogios que recebeu do ministro do Esporte, Agnelo Queiroz. "Ele é o ministro que mais contribuiu para o esporte do Brasil."

A mesma referência tinha acabado de ser dada ao presidente da República nos discursos dos presidentes do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Nuzman, e da Confederação Brasileira de Clubes, Arialdo Boscolo. Este último foi o único que arriscou cobrar, timidamente, uma política de incentivos aos clubes.

Na CPI - O único que ousou falar de política no Clube Pinheiros foi o senador Eduardo Suplicy (PT), mas só após o evento e de acompanhar o presidente até a saída. De volta ao salão, Suplicy insinuou que defende a ida do ministro da Fazenda Antonio Palocci à CPI. "É minha postura desde o caso Waldomiro Diniz", disse.




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