Depois de dois dias de baixa, o dólar voltou a registrar alta expressiva nesta manha. Na máxima, a moeda norte-americana chegou a subir mais de 2% e atingiu R$ 1,9160 na venda, contra R$ 1,8750 no fechamento de segunda-feira. Nao há consenso sobre o que estaria motivando a alta. Para alguns operadores, o motivo seria desempenho negativo do mercado norte-americano nesta manha antes do anúncio da decisao do Fed, esperado para às 15h15, aliado às incertezas políticas.

Há pouco, a bolsa de Nova York recuava perto de 60 pontos. No plano político, há inquietaçao com a "marcha dos 100 mil", cujos integrantes começam hoje a se encaminhar para Brasília. No entanto, profissionais do mercado admitem que nao há um forte movimento de compra hoje e a liquidez do mercado estaria baixa.

"O dólar sobe mais por falta de vendas do que por compras fortes", disse um operador. Uma ala do mercado considera que, persistindo a alta, o BC poderia anunciar um novo leilao de NBC-E, como fez segunda à tarde, e a pressao desta terça seria um teste para a disposiçao do BC em seguir ofertando hedge cambial.

Há também quem avalie que a alta possa refletir a continuidade da procura por hedge cambial, sobretudo por parte de empresas e pessoas físicas, que continuariam inseguras quanto ao rumo do câmbio mesmo após a bateria de leiloes anunciada nos últimos dias pelo Banco Central.

A bolsa de SP registrava há pouco queda de 0,37%, enquanto as projeçoes de juro registram alta moderada na BM&F.