O inspetor da Federação Internacional de Automobilismo e delegado de segurança da Fórmula 1, Charlie Whiting, vistoriou nesta quinta o circuito de Interlagos. Apesar do silêncio de Whiting, que não quis conceder a esperada entrevista coletiva à imprensa, ele mandou anotar reparos que serão feitos no autódromo antes do Grande Prêmio do Brasil previsto para o dia 1º de abril. O inglês limitou-se a declarar, evasivamente, as “pequenas obras” recomendadas estarão no relatório que ele irá enviar à FIA e, em seguida, aos organizadores da prova. Aparentemente, não há nada que ameace o GP. Os torcedores podem ficar tranqüilos.

Whiting não sugeriu qualquer serviço que pudesse exigir elevados investimentos da Prefeitura. Considerou normais as ondulações em vários trechos da pista. No entanto, existem problemas que estarão corrigidos entre os dias 15 e 20 de fevereiro, inclusive na primeira curva logo depois da saída dos boxes. Na mesma área, farão um estacionamento para o Medical Car.

Confidencialmente, Whiting pediu que revisem a drenagem das caixas de brita para se evitar que as unidades de argila se espalhem no asfalto, especialmente nas curvas do lago e do sol. O recapeamento mereceu elogios, segundo um dos assessores que o acompanharam durante a inspeção minuciosamente fotografada.

O arquiteto Rinaldo Bueno, da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), disse que aguarda o relatório para tomar as primeiras providências. Entre outras coisas, reconhece que é preciso aumentar a altura dos guard-rails em pontos que oferecem riscos.

Carlos Menon, chefe de segurança do autódromo de Interlagos, lança um alerta para o péssimo funcionamento dos hidrantes em casos de incêndio. “Não adiantaria apenas revisar os equipamentos. Aqui, todos sabem que o drama é a constante falta de água”, avisa.