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Obras 'não conformes' ao Islã são apreendidas no Egito
Por Da AFP
05/06/2004 | 15:29
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Centenas de obras consideradas "não conformes" com a lei islâmica foram apreendidas no Egito durante uma série de operações que marcam o restabelecimento do direito de apreensão de Al-Azhar, a principal autoridade sunita no mundo.

Preocupados com o que classificaram como "retrocesso", os defensores dos direitos humanos expressaram indignação com o fato, destacando o perigo representado pela "tentação" dos salafistas (fundamentalistas muçulmanos) de assassinar dois prestigiados intelectuais: o pesquisador Ahmed Ismail e a feminista Nawal Saadaui, residentes no Egito.

O Centro de Investigações Islâmicas (CRI) de Al-Ahzar recomendou que fosse retirado de circulação um livro de Saadaui, 'A queda do Imã', publicado há mais de 20 anos. Os censores consideraram que o livro, que relata a história de um ditador, poderia afetar "os pilares do Islã".

Entre as publicações apreendidas estão trechos do Alcorão não conformes com o Islã, fitas de 'hadiths' (discursos) do profeta Maomé e outras gravações que reproduzem o texto corânico.

Segundo Alaa Abd El-Zaher, presidente do departamento das gravações sonoras do CRI de Al-Azhar, a operação afeta somente as publicações religiosas que "traem o Islã", e não as obras literárias.




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