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Procissão e trânsito
dão o tom na prainha

Bom tempo levou muita gente ontem ao Riacho Grande,
em São Bernardo, que teve homenagem a Nossa Senhora

Por Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
06/02/2012 | 07:00
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Nem o calor de quase 35 graus impediu que os fiéis de Nossa Senhora dos Navegantes, que dá nome a paróquia do bairro Eldorado, em Diadema, participassem da procissão náutica. Pela segunda vez, a saída ocorreu ontem, por voltas das 14h30, da Prainha do Riacho Grande, em São Bernardo, com destino à igreja no município vizinho.

O tempo bom levou muita gente para a Prainha, que esteve praticamente lotada o dia inteiro. A partir das 15h, por sinal, a marginal e a Via Anchieta, a partir da Volkswagen, ficaram praticamente travadas pelo excesso de veículos. Muitos tinham como destino casa de shows localizada nas proximidades. Ao menos cinco quilômetros de fila e cerca de uma hora e 30 minutos para cruzar o trecho de entrada do Riacho Grande.

O que os devotos de Nossa Senhora dos Navegantes não enfrentaram. Como padroeira dos pescadores e das águas, a procissão seguiu pela Represa Billings, sentido São Bernardo-Diadema. No total, 42 barcos, muitos enfeitados, conduziram os fiéis. Um deles, em especial, levava a imagem da dona da festa.

"Foram quase três horas e meia de trajeto pela água", afirmou o pároco Odair Angelo Agostin, já em terra, que, apesar da batina branca de mangas longas, se refrescava, pelo menos nos pés, com a sandália tipo franciscana.

O ponto de chegada da imagem da santa em Diadema foi às margens da Represa Billings, que beira o Condomínio Residencial Praia Vermelha. Da portaria principal, gente simples, devotos e políticos seguiram, a pé, por cerca de 700 metros, até o Parque Ecológico, onde seria celebrada a missa campal - cerca de 500 pessoas, segundo a Guarda Civil Municipal.

Encostado junto à grade do parque, o casal Aparecida Mercedes, 72 anos, e José Antônio Martins, 78, que moram na mesma avenida de nome à santa. Unidos há 51 anos, os mineiros aguardava pela chegada da imagem.

Hoje (ontem), já assisti à missa das 8h", disse Martins. A mulher, de tercinho pendurado em um alfinete, contava à equipe do Diário as graças alcançadas pela intercessão de Nossa Senhora. O casal usava uma camiseta branca com a imagem da santa, assim como tantos outros devotos. "Compramos duas por R$ 5. Não foi baratinho?", indagou o aposentado de Ubá, para logo depois retirar o chapéu em sinal de respeito ao início da celebração, às 18h.




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