Política Titulo Quase 1 ano depois
Lauro diz que Tecnisa entregará rua em maio

Contrapartida pela construção de empreendimento
no Piraporinha, liberação era para ter sido em 2014

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
29/02/2016 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC


<p>Quase um ano depois de o Diário revelar o desrespeito cometido pela Prefeitura de Diadema e pela construtora Tecnisa ao não construírem rua no meio de empreendimento imobiliário no bairro Piraporinha, o prefeito Lauro Michels (PV) prevê a conclusão da obra até o fim de maio. Reportagem de 9 de abril mostrou que a gestão do verde e a empreiteira não cumpriram acordo determinado de contrapartida que previa a abertura de via de acesso ao prédio localizado entre as avenidas Ulysses Guimarães e Fábio Eduardo Ramos Esquível.</p> <p>O prédio já vendeu algumas unidades, mas ainda não foi concluído. A equipe do Diário voltou ao local e constatou falta de abertura no acesso para a avenida. Ainda há presença de morro que impede abertura da rua. Foi flagrado trator nas proximidades, mas sem nenhum operador por perto.</p> <p>O acordo foi assinado ainda no governo do ex-prefeito Mário Reali (PT), quando Lauro era vereador de oposição. Na ocasião, parlamentares aprovaram a concessão do terreno à Tecnisa, contanto que rua fosse viabilizada no empreendimento para escoamento do trânsito.</p> <p>“A rua começou a ser aberta. A previsão que nos deram foi em maio”, disse Lauro.</p> <p>A frase do verde contradiz com a versão passada pelo seu secretário de Habitação, Eduardo Monteiro, que, em julho, declarou que o projeto só será concluído em dezembro. Na ocasião, justificou que não houve ferimento à legislação, “porque o terreno para este projeto não pertencia à construtora e sim a terceiros”. “Quando a situação está nesta condição é preciso (elaborar) lei para desocupar a área. Foi o que fizemos”, explicou Monteiro à época.</p> <p>A lei municipal foi sancionada por Reali, que determinava prazo de 24 meses (válidos a partir de 2012) para que a construtora executasse a contrapartida. O prazo expirou em 2014.</p> <p>O fato trazido à tona pelo Diário proporcionou abertura de CPI, além de inquérito civil, conduzido pelo delegado seccional Murilo Roque Fonseca. Em meio ao processo, Lauro enviou nova proposta à Câmara estabelecendo que acordo seria executado sem prazo determinado.</p> <p>Autor da CPI, o oposicionista Josa Queiroz (PT) fez críticas ao prefeito. “A obrigação dele (Lauro) era cobrar pela execução há um ano. Algo só foi feito mediante as denúncias”, afirmou.</p> <p>Em setembro, a CPI foi concluída com a apresentação de dois relatórios. Um apresentado por Josa, que apontava erros do governo Lauro e da Tecnisa em relação à falta do cumprimento da contrapartida, e outro pelo líder do governo, Atevaldo Leitão (PSDB), que, na função de relator, isentou a Prefeitura e evitou apontar culpados pelo impasse.</p> <p>“Vimos inúmeros documentos e foram comprovados problemas. Encaminhamos ao Ministério Público também, diante dos indícios, esperando por ação. Vamos cobrar a Prefeitura para ver se foi aberto algum processo administrativo, conforme prometeu o prefeito publicamente”, atacou Josa.&#160;</p>




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