Política Titulo BATE-BOCA
Dispensado por atraso, Constantino nega ter sido convocado para falar de CPI na Câmara de Ribeirão

Presidente do Legislativo, entretanto, garante ter chamado secretário

Vitória Rocha
Especial para o Diário
04/02/2016 | 07:00
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A primeira sessão do ano da Câmara de Ribeirão Pires, na segunda-feira, foi palco de discussão entre vereadores por causa da CPI da Saúde, aprovada em setembro e tramitando em processo lento desde então. Conforme o Diário publicou anteontem, o desentendimento teve início quando o presidente do Legislativo, José Nelson de Barros (PSD), dispensou o secretário de Saúde, Gerson Constantino (PSD), que havia chegado no fim da sessão, e o convocou para o dia 15.

De acordo com o secretário, no entanto, ele havia sido convidado apenas para falar sobre o problema de uma cidadã que também faria o uso da tribuna. “Como ela não estava lá, não tinha por que eu fazer a fala. Eles remarcaram e eu disse que estaria lá”, explicou. Questionado sobre uma possível fala no Legislativo sobre a investigação da Pasta, Constantino negou que tivesse sido informado. “Eu não fui preparado para falar sobre a CPI”.

Para Zé Nelson, o secretário deveria estar apto para discutir a questão. “Eu conversei com ele (Constantino) sim, o convidei para ir lá (na Câmara). Se ele não tinha condições (para falar sobre esse assunto), por que ele é secretário? Sorte dele que a mulher não foi. Ele está convocado para o dia 15 e tem de levar a equipe dele para esclarecer questões sobre a CPI porque os vereadores irão cobrar”.

Protocolada no fim do ano passado, a CPI da Saúde está na gaveta de Zé Nelson. O presidente chegou a declarar que não havia intenção de instalar comissão para averiguar um setor que passa por crise nacional e também porque “era complicado haver CPI em ano de eleição”.

O documento é de autoria de vereadores da oposição, com objetivo de apurar contratos de gestão, atraso em obras e falta de médicos na rede municipal. O prefeito Saulo Benevides (PMDB) tentou manobrar para que a CPI não fosse aprovada, porém, viu a Casa contrariar sua orientação. O peemedebista chegou a classificar o pedido como “politicagem”. 




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