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Memória ganha sociedade civil em São Bernardo
Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
05/06/2015 | 07:00
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 “Se algum dado não for exato ou o texto omitir fato importante, solicita-se informar através da caixa postal 265 para que se compilem os elementos históricos mais preciosos para a tradição municipal”.

Cf. Newton Ataliba Madsen Barbosa, “Subsídios Históricos I”, 1971 (mimeografado).


O autor de São Bernardo preocupava-se sempre em envolver o leitor para que as informações narradas fossem as mais exatas e corretas possível.

Nasce a Associação dos Amigos da Memória de São Bernardo, integrada por essa gente boa da foto. Sociedade civil desvinculada do Poder Público. Um novo Gipem municipal, com vários objetivos:

Dar apoio à preservação e divulgação do acervo da memória da cidade.
Manter viva as histórias e tradições locais.

Promover encontros de caráter cultural, educacional, histórico, cívico e acadêmico.

Na direção, Flora Ballotim, presidente; Hilda Breda, secretária; e Ida Lobracci, suplente. A entidade está localizada à Rua Sergipe, 196, bairro Nova Petrópolis.

ONTEM

São Bernardo perdeu bens preciosos. O casarão do Bonilha, a antiga Matriz e a magnólia do “fim da vila” são três exemplos que logo vêm à mente. Mas quando se conscientizou, esta mesma cidade passou a lutar pelas suas referências mais caras, e aqui também citamos três casos: o prédio da antiga Câmara, a Chácara Silvestre, os bancos da Praça Lauro Gomes.

Que esta associação, oficializada no apagar do mês de maio, espelhe-se nos pioneiros desta luta em defesa de uma cidade de raízes. E também citamos três nomes, consciente de estarmos cometendo infindáveis injustiças, por omissão de outros tantos: Conrado Bruno Corazza, Odette Tavares Bellinghausen e Newton Ataliba Madsen Barbosa.

O legado dos antigos pode e deve ser sempre levado em conta, em todas as iniciativas que venham a ser tomadas. No caso de História e Memória, então, nem pensar. Que os bons exemplos de ontem sejam levantados, seguidos e sirvam de inspiração.


Santos do dia

Anjo. Século 17. Barro cozido com resíduos de policromia. Acervo do Museu de Santa Maria de Alcobaça, Portugal.

Imagem faz parte da exposição “Barro Paulista: a tradição bandeirante do imaginário em barro cozido”. Em cartaz no Museu de Arte Sacra, Capital (Avenida Tiradentes, 676, bairro da Luz).

Bonifácio, apóstolo dos germanos

Fernando de Portugal

Círia


Hoje

Dia Mundial da Ecologia e do Meio Ambiente


Em 5 de junho de...

1915 – Representação de moradores à Câmara de São Bernardo reivindica a volta do curso noturno municipal para adultos na sede do Município, a antiga Vila, hoje centro histórico de São Bernardo “do Campo”.

A guerra. Do noticiário do Estadão: ‘confirmação da retomada de Przmysl, na Rússia, pelos austro-alemães.

1930 – Tem início as obras de pavimentação da Avenida Wilson, trecho entre Santo André e São Caetano. Prefeitura de São Bernardo disponibiliza 120 contos de réis para a execução da obra e assina contrato com o engenheiro Henrique Dolbeth Luca. No total, oito quilômetros. Via terá seis metros de largura. Seria percorrida por mil veículos/dia.

NOTA – A Avenida Wilson era a continuidade da Presidente Wilson, que preserva este nome na Capital. Aqui, a antiga via é hoje a Dom Pedro II (no trecho de Santo André) e Goiás (em São Caetano). Estrategicamente, o asfaltamento (termo utilizado à época) começava a ser feito perto da recém-inaugurada General Motors.

1950 – Frei Anselmo Maria de Taubaté, da Ordem dos Frades Capuchinhos da Província de São Paulo, funda o Educandário Santo Antonio, da Vila Alpina, em Santo André. A escola seria adquirida por Maria Delfina de Carvalho Neves, em 1974.

1955 – Prossegue a Semana Eucarística Diocesana de Santo André, com homenagem às paróquias locais e missa celebrada pelo monsenhor Bibiano de Abreu, vigário da Catedral do Carmo.

1975 – Prefeitura de São Bernardo, Prosbc (empresa municipal) e Mackenzie Hill (grupo britânico) assinam contrato de permuta de áreas com vistas à construção do Shopping Center, hoje Shopping Metrópole.

As negociações iniciaram-se em 1974, quando o Mackenzie Hill adquiriu a área da Companhia Cinematográfica Vera Cruz.

Na troca, o município fica com a Vera Cruz e os empreendedores com a área próxima ao Paço, entre as Avenidas Pereira Barreto e Vergueiro.
Ali, onde está o shopping, no passado funcionou a Garagem e Cocheira Municipais, além do campo do Vila Baeta FC.




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