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Padeiros da região aprovam aumento de 7,6%
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
28/05/2011 | 07:17
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Dennis Maciel/DGABC


Após dois meses do início da campanha salarial, os padeiros do Grande ABC aprovaram ontem, em assembleia, reajuste de 7,6%. A proposta patronal foi feita à tarde, um pouco antes de os trabalhadores votarem pela paralisação das atividades.

Cerca de 500 profissionais compareceram à assembleia. A base da categoria na região é composta por 15 mil trabalhadores e de 1.200 indústrias de panificação (somando padarias e confeitarias).

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo (que abrange o Grande ABC), Pedro Pereira de Sousa, a principal conquista deste ano foi o direito ao plano de saúde gratuito a todos os funcionários. "É por este motivo que aceitamos os 7,6% de reajuste. Ter um convênio e não pagar por ele acaba sendo somado ao aumento salarial", enfatiza. A reivindicação inicial era de aumento real de 10%, mais a inflação.

No caso do seguro de vida feito em grupo, o benefício passa a se estender aos dependentes e pais dos titulares do plano.

O piso salarial também foi valorizado. O valor pago nas empresas com até 60 funcionários passou de R$ 751,91 para R$ 812, e de R$ 813,75 para R$ 880, nas indústrias com quadro maior de trabalhadores.

Outra cláusula econômica aprovada foi a questão da Participação nos Lucros e Resultados, que passou de R$ 120 para R$ 140 (nas empresas com até 15 funcionários); de R$ 220 para R$ 250 (nas indústrias com até 40 trabalhadores) e de R$ 300 para R$ 350 (nas empresas acima de 40 trabalhadores). "O pessoal vai receber esse abono salarial dia 13 de junho, quando comemoramos o Dia do Padeiro", explica o dirigente sindical.

O vale-refeição de R$ 18 por dia não foi conquistado. Em troca, os empresários ofereceram 30 minutos de almoço/janta, com alimentação gratuita no local, e mais 30 minutos contados como hora extra. "Uma negociação acontece dessa forma. Nada é dado, tudo é conquistado, acordado, discutido", afirma Sousa.

SEM ACORDO - A redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, com a manutenção dos salários e a extensão da licença-maternidade de 120 dias para 180 dias não foram acordadas neste ano. "Essas são cláusulas sociais antigas. Itens debatidos em todos os segmentos da economia. Poucas empresas aderiram à licença, mas não é um acordo coletivo", explica o vice-presidente da regional do sindicato.




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