“Perdemos a chance de matar o Operário aqui? Eu acho que tivemos a sorte de fazer o segundo jogo em casa. Jogamos mal e deu no que deu, o maior sufoco”, disse o goleiro Marcos após a partida. Agora, o Verdão volta a jogar pelo Paulista no sábado, às 18h, diante do Guarani, em Campinas.
Como se não bastasse a desorganização do time em campo, mesmo diante de adversários limitados, o clube do Parque Antártica ainda peca pela carência de infra-estrutura. O elenco viajou para Cuiabá sem uniforme padrão do clube. Os jogadores foram com roupas esportivas, alguns de tênis e outros de sapatos.
Com muitas faltas, campo ruim e times embolados no meio-campo, o jogo foi péssimo nos primeiros 15 minutos. No único chute mais perigoso, aos 11 minutos, o meia Jamba exigiu defesa parcial de Marcos, que caiu em seu canto direito. Mesmo mal, aos 19, Anselmo acertou cabeçada que quase pegou o goleiro Alexandre adiantado. O Verdão passava ao torcedor a impressão de um time sem personalidade diante do Chicote da fronteira, campeão estadual de 2002.
Aos 26, o Palmeiras reclamou de um pênalti sobre Pedrinho, em lance muito discutível que o juiz – na dúvida – deixou passar em branco. Na afobação para ganhar a jogada, Pedrinho teria sido empurrado (o árbitro entendeu que o jogador se atirou na área) pelas costas por João Bosco, zagueiro do Operário. As jogadas aéreas para explorar a altura de Claudecir não davam certas no começo, e o Operário, em tímidos contragolpes, sequer assustava Marcos.
No entanto, em rápida escapada pela esquerda, aos 30, o Palmeiras achou o caminho do gol. O veterano Zinho desceu livre, cruzou da esquerda com efeito e Claudecir, em jogada ensaiada (de cabeça), não deu chance ao goleiro: 1 a 0. Uma desvantagem que levou o Operário ao ataque e a perder um gol certo com Luck, em sobra de bola, aos 38. Nos minutos restantes, o jogo melhorou em movimentação, em passes corretos e finalizações perigosas. Tudo era motivo para a torcida se entusiasmar, como aos 45, em que um cachorro entrou em campo.
O segundo tempo ainda começou com forte calor bem próximo dos 31° C. O Palmeiras retornou lento e logo aos 11, o zagueiro Indio tocou o braço na bola, em pênalti para o Operário, que o nervoso Carlão chutou muito mal, por cima do gol de Marcos. Aos 39, o Operário deu sufoco, Edmar chutou, a bola bateu no travessão e saiu. O Palmeiras se livrava do pior.
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