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Indústria automotiva bate duplo recorde
Por Priscila Dal Poggetto
Do Diário do Grande ABC
08/05/2007 | 07:01
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A indústria automotiva bate mais dois recordes, de vendas e de produção. De acordo com levantamento divulgado segunda-feira pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), no primeiro quadrimestre do ano saíram das linhas das montadoras 881,4 mil novas unidades. A marca está 5,6% acima da produção de igual período do ano passado – até então, o último recorde, com 834,4 mil unidades.

O acumulado do quadrimestre fechou ainda com o licenciamento de 672,5 mil unidades, 22,6% a mais que os 548,7 veículos comercializados de janeiro a abril do ano passado. O número superou, inclusive, o desempenho em vendas do mesmo período de 1997, considerado o último recorde.

Para o novo presidente da Anfavea, Jackson Schneider, o que desencadeou o aumento das vendas e, conseqüentemente, da produção foi a maior facilidade de acesso ao crédito. Segundo ele, o crédito para o financiamento de veículos aumentou 23%, de R$ 54 bilhões no primeiro quadrimestre de 2006 para R$ 67 bilhões nos quatro primeiros meses de 2007.

“No ano passado. 34% dos financiamentos eram com contratos acima de 36 meses. Neste ano, o número subiu para 49%”, observa Schneider. O presidente da entidade ressalta ainda que a taxa de juros caiu de 25,31% no primeiro quadrimestre do ano passado para 20,7% neste ano. Já a inadimplência do setor permanece estável em 3,3% – bem abaixo da média de inadimplência de todos os bens, que gira em torno de 7,1%.

Mensal - A diferença de número de dias úteis entre março e abril fez venda e produção caírem na comparação entre os meses, segundo a Anfavea. Os dados da entidade apontam para a redução de 8,6% da produção e de 7,3% dos licenciamentos. Entretanto, ao comparar abril deste ano com o de 2006, os resultados mostram forte crescimento. Na produção o aumento foi de 10,6% e nas vendas, de 36,7%.

A alta demanda fez com que os estoques da indústria chegassem a cinco dias, ou 31.618 unidades – um dia a menos em relação a março (36.952 unidades). Já nas concessionárias o estoque aumentou de 16 dias (105.576 unidades) em março, para 18 dias em abril (108.072). No total, há em estoque 139.690 unidades, suficientes para abastecer o mercado por 23 dias.

No caso dos automóveis, apesar de as reservas terem aumentado, o consumidor ainda sofre com listas de espera nas concessionárias. O problema é a falta de modelos específicos, especialmente dos carros de entrada. No comércio de caminhões a espera é mais comum pois a maioria dos veículos são customizados. O que ocorreu no período foi o aumento do número de dias para a entrega de encomendas. Como o período é de adaptação das montadoras e fornecedores, a previsão é que a situação se regularize na segunda quinzena deste mês.

Exportação - O comportamento das exportações não é mais novidades para a indústria, já que não há previsão de alteração da política cambial. No que se refere ao número de unidade comercializadas no exterior, o recuo chega a 10,6%, ao confrontar o primeiro quadrimestre deste ano com o mesmo intervalo do ano anterior.

Em valores, há leve queda de 0,5%, na comparação entre quadrimestres. O resultado aponta para a estabilização, pois já conta com os reajustes de preços para compensar a queda do número de unidades. No total, os valores das exportações até agora chegam a US$ 3.718 milhões.




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