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Voluntários levam amor a quem precisa

No Dia Internacional do Voluntariado, instituições agradecem quem se dedica à causa

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
05/12/2014 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Hoje é comemorado o Dia Internacional do Voluntariado, quando se celebra aquele que se doa em nome de uma causa e não recebe nenhum pagamento em dinheiro. Quem exerce a função garante que o que se ganha é algo bem maior que valores financeiros.

Esse é o caso da italiana Iolanda Armando, 74 anos, que é costureira voluntária na Instituição Assistencial e Educacional Amélia Rodrigues, no bairro Tamarutaca, em Santo André, há 18 anos. “Me apresentaram ao trabalho voluntário e à instituição e comecei a praticar. Acho ótimo porque me sinto útil”, disse.

Ela saiu da Europa direto para Santo André, em 1961, para acompanhar o marido, que veio trabalhar na indústria. Foi aqui que o casal teve os três filhos e três netos. Ela se autointitula como voluntária e nonna. “Hoje não penso mais em voltar para a Itália porque, afinal, não posso deixar minhas duas famílias.”

O Instituto Amélia Rodrigues atua na educação de 214 crianças entre 3 meses e 10 anos. Foi fundado há 28 anos com intuito de melhorar as condições das famílias do núcleo Tamarutaca.

O departamento de costura é responsável pela confecção dos uniformes das crianças e dos funcionários. Ele é chefiado por uma costureira contratada e depende de nove voluntárias. Sueli Lanzoni, 63, moradora do Jardim da Saúde, em São Paulo, não se incomoda com a distância. “De carro gasto só 20 minutos para chegar aqui. Venho três vezes por semana e acho que é a melhor coisa, porque você se sente útil, faz o bem e vive em constante aprendizado.”

“Nosso melhor agradecimento é ver as crianças sorrindo e usando as roupas nas apresentações”, afirmou a também voluntária Irene Di Pardo Caleffi, 65.

Outro departamento que depende do voluntariado é o da sacolinha de Natal. Uma lista de itens como roupas, calçados, escova de dentes, entre outros, é arrecadada por meio de doações, porém, é feita triagem dos materiais. Conforme explicou a voluntária Julia Luiza Padilha, 67, o que não vem no número correto da criança, ou se há item faltando, é reposto. “Temos que ter certeza de que todos sentirão a mesma alegria ao receber a sacolinha.”

A presidente da instituição, Terezinha Sardano, é voluntária e afirma que o trabalho não poderia ser realizado sem eles, já que são 50 por dia, e incentiva quem tem vontade de seguir o caminho. “Essas pessoas serão recebidas de braços abertos. O nosso objetivo é incluir a criança na sociedade como um ser humano de bem e honesto.”

A Casa de Lucas, localizada no bairro Sacadura Cabral, atende 125 crianças de 6 a 14 anos, além de suas famílias, todos carentes. “Não tenho como medir o valor dos nossos mais de 50 voluntários. É uma troca de sentimentos e carinho que motiva o ser humano a voltar os olhos para a caridade”, disse a coordenadora Regina Maria Caldas.

A dona de casa Nanci Grigoletto, 57, completa dois anos de voluntariado em janeiro e desenvolve o trabalho pela primeira vez, na padaria artesanal do instituto. “Comecei a frequentar o grupo espírita Joanna de Angelis e disseram que precisavam de voluntários. Aconselho quem tem tempo que procure fazer isso. As crianças estão esperando com muito carinho”, disse. 




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