Integrante da equipe que coordenou a campanha do deputado estadual Orlando Morando (PSDB) à reeleição, o vereador Pery Cartola (SD) afirmou que os 237 mil votos recebidos pelo tucano há um mês credenciam o tucano a concorrer à Prefeitura de São Bernardo, se consolidando como nome mais forte da oposição ao prefeito Luiz Marinho (PT).

O parlamentar citou o fato de Morando ter sido lembrado mais vezes nas urnas do que os três candidatos a deputado estadual apadrinhados por Marinho – casos de Luiz Fernando Teixeira, Ana do Carmo e Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, todos do PT e eleitos.

“Durante a campanha, vimos muitas vezes pessoas que diziam que iriam votar no Orlando para deputado estadual já cobrando que ele saísse a prefeito (em 2016). Ele teve mais votos que os três candidatos do prefeito juntos. Evidentemente que isso sinaliza que ele tem potencial para candidato (ao Paço)”, acredita Pery. “O PT não percebeu, mas o fato de eles terem adotado campanha da truculência em São Bernardo, achando que são donos do voto do eleitor, fortaleceu o Orlando e se virou contra eles.”

Em São Bernardo, Morando recebeu 103 mil votos. Juntos, Luiz Fernando, Ana do Carmo e Barba conquistaram 87.889 adesões. Luiz Fernando, que obteve 37.686 de sufrágios da cidade, é cotado no PT para ser o nome a representar a sigla na sucessão de Marinho – ele hoje disputa a indicação com o secretário de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli.

Segundo Pery, eleitores do município recordaram dos políticos que, em 2008, optaram por não seguir a candidatura a prefeito de Morando, que à época era representante do governo de William Dib (PSDB). O vereador argumentou que muitos dos antigos líderes que migraram para o lado do petismo perderam votos e influência política, frutos de descontentamento popular. “O Orlando nunca mudou de lado, nunca apoiou o PT. E o povo sabe quem apoiou. O povo não quer votar em quem traiu, de alguma maneira, seu lado ideológico.”

O parlamentar disse também que a campanha do tucano à Assembleia Legislativa vai virar “referência”. “Não foi fácil falar de política nesta eleição, mas o projeto do Orlando foi diferente. Foi caloroso, com receptividade. Desde o início dava para saber que teria mais de 250 mil votos.”